quinta-feira, junho 30, 2005

Ilidio Vale no "Comércio do Porto" (30/6/2005)

Permanentemente insatisfeito e alérgico a rotinas. É assim que se define o prof. Ilídio Vale, o coordenador técnico de todos os escalões jovens do FC Porto e ainda da equipa B dos dragões. Desde 1989 no clube, continua repleto de ambição e sublinha ao COMÉRCIO aquilo que defende para toda a formação dos azuis-e-brancos, não esquecendo o modelo único de jogo para todas as equipas do clube, algo que só conseguiu impor durante o reinado de José Mourinho

PEDRO JORGE DA CUNHA


Qual o balanço que faz do trabalho das camadas jovens do FC Porto, em todas as suas vertentes, no final de mais uma temporada?
O balanço é francamente positivo. O nosso principal objectivo é trabalhar de uma forma que torne possível formar jogadores da melhor maneira possível, para que eles possam vir a integrar mais tarde a equipa principal do FC Porto. Este ano foi especialmente bom, porque três elementos da nossa formação (ndr: Ivanildo, Bruno Gama e Paulo Machado) foram chamados ao plantel sénior e esse é, desde logo, um indicador extremamente positivo. Por outro lado, estou certo que, neste último ano, todos os atletas dos escalões jovens evoluíram em termos individuais, e que todas as equipas o fizeram colectivamente.

É importante também que todos esses jovens consigam conciliar a parte desportiva com a sua vida académica?
Isso é essencial e a esmagadora maioria conseguiu fazê-lo. Sabemos que é um esforço tremendo, mas é um dos nossos objectivos.

E no que concerne aos resultados desportivos? Está satisfeito com as classificações obtidas?
Como consequência do trabalho que efectuamos, é importante obter bons resultados. A nossa filosofia é formar e educar para vencer. Se pudermos ganhar sempre, vamos ganhar sempre; se pudermos ser melhores que os adversários, individual e colectivamente, vamos sê-lo. Globalmente, acho que a temporada não correu mal, mas poderia ter corrido melhor. Legitimamente, parece-me que poderíamos ter conquistado todos os títulos em disputa, mas acabamos por ser vice-campeões em juniores e juvenis. Em juvenis, só não fomos campeões nacionais por "goal-average" e em juniores tínhamos uma excelente equipa, mas fomos um pouco infelizes. Nos outros escalões, acabamos por ser os mais fortes nas provas em que participamos. Portanto, em termos gerais, estamos muito satisfeitos, mas temos uma cultura de perfeccionismo e pensamos que podemos fazer sempre melhor.

Acha que é mais fácil para um técnico da equipa profissional, apostar nos jogadores oriundos das camadas jovens quando os resultados são menos positivos, como aconteceu nesta última época no FC Porto?
Não, não me parece. Nós temos uma perspectiva muito clara sobre isso. Sempre que existe uma transição para um escalão superior, seja ele qual for, é imperioso saber escolher os momentos em que os jogadores devem ser lançados. Depois, há que haver um acompanhamento muito específico, pois estamos a falar de idades muito sensíveis e que exigem redobrada atenção. Não me parece que estas apostas tenham a haver com um momento bom ou menos bom das equipas, mas sim com os momentos certos, em que temos que perceber se os jovens estão aptos para corresponder de forma positiva.

Sempre que chega um novo técnico ao plantel sénior do clube, como acontece com o senhor Adriaanse, ele dá-lhe indicações para que o modelo da equipa principal seja implantado nos escalões jovens, ou todos os treinadores das camadas juvenis têm liberdade para colocar a equipa que orientam a jogar da forma que entendem ser a melhor?
O nosso objectivo é que haja um modelo único para todas as equipas do clube, mas a cultura dos clubes prtugueses não é bem aquilo que nós pretendemos. O nosso clube tem feito um esforço enorme no sentido de escolher cautelosamente o perfil dos seus treinadores, mas às vezes as coisas não são como nós queremos. Nós, nos escalões de formação, temos ideias de jogo e de treino definidos e quando estava cá o José Mourinho a colaboração era total. Nesse período foi possível implementar esse desejo.

Com a saída de José Mourinho isso deixou de acontecer?
Depois da vinda dos outros treinadores (ndr: Del Neri, Víctor Fernández e José Couceiro), houve um esforço, pelo menos teórico, de manter a mesma situação, mas de facto a instabilidade não ajudou a consolidar essa pretensão. Mas nós acreditamos que as nossas ideias para o treino e o jogo são, sem modéstia, do melhor que existe por essa Europa fora e, por isso, não me parece que devamos alterar o modelo que defendemos. Esse modelo tem que ser flexível, aberto, ajustável, mas a essência deve manter-se. Contudo, também temos a preocupação de fazer com que os nossos atletas se possam adaptar sem dificuldades a qualquer sistema táctico.

O que espera de Co Adriaanse relativamente a essa matéria?
Estou convencido que vai ser um treinador que vai dar um contributo muito importante à formação. Ainda não falei com ele sobre questões técnicas, mas sei que o senhor Adriaanse e os seus adjuntos são pessoas com sensibilidade no que respeita à formação dos clubes.

"Nunca poderia voltar as costas a quem me deu a possibilidade de ser treinador do FC Porto"

Já por várias vezes se falou na possibilidade de se tornar técnico principal de outro clube, que não o FC Porto, mas nunca aceitou. É mesmo este clube que o preenche em termos profissionais?
Onde eu estiver é sinal de que estou bem, porque não faço nada que não me dê prazer. Tenho que ser grato a quem, um dia, me deu oportunidade de ser treinador do FC Porto e nunca poderei voltar as costas a este clube, que é o meu clube, o clube que eu gosto e onde exerço a minha profissão com todo o empenho e profissionalismo.

Pela forma como fala, a motivação e a ambição fazem parte do seu dia-a-dia aqui no Olival...
Sou um indivíduo permanentemente insatisfeito e anti-rotinas e não gosto de me acomodar a qualquer situação. Neste clube, todos os dias há novos desafios e é motivante e estimulante. Agradeço aos clubes que já se lembraram de mim, porque acharam que tenho perfil para outro tipo de projectos, mas até este momento não foi possível uma mudança. Pode ser que um dia as coisas se proporcionem.

Com o aparecimento deste fabuloso centro de treinos do Olival, acha que é justo dizer-se que agora se trabalha ainda melhor nas camadas jovens do FC Porto?
Não vou dizer que trabalhamos melhor, mas há alguns factores que são essenciais para que haja evolução. A qualidade dos jogadores, do trabalho, do treinador e das infraestruturas. Estes são os vectores determinantes para o produto final do trabalho. Quanto melhor forem as infraestruturas, mais sucesso terá o trabalho

Para a nova temporada, existem algumas alterações no organigrama projectado para os escalões jovens. A que se devem estas opções?
Como facilmente é perceptível, qualquer política de formação tem que ter estabilidade. Tem que haver uma grande identidade com os modelos instituídos no clube e o facto de o José Guilerme e o João Carlos Costa terem subido um patamar, digamos assim, prende-se com o objectivo de os fazer continuar acompanhar os mesmos jogadores com que trabalharam na temporada transacta. Todos eles estão identificados com aquilo que são os modelos instituídos no clube, mesmo o Aloísio que veio integrar o departamento de formação.

"A equipa B é a chave de toda a formação"
Ilídio Vale critica abertamente os que não protegem a evolução dos jogadores jovens

É um profundo conhecedor da realidade da equipa B, da qual foi treinador principal durante alguns anos. Considera positivo o balanço destes seis anos de existência, de 1999/2000 a 2004/2005?
Considero excelente. Fui um dos responsáveis e impulsionadores da criação das equipas B, e basta fazer um pequeno exercício de análise para se perceber que a esmagadora maioria dos jogadores que passaram pela nossa formação secundária estão na SuperLiga, e alguns deles até na equipa principal do FC Porto. Isto, por si só, demonstra a qualidade do trabalho que se desenvolveu. Aliás, podemos lembrar também que as melhores prestações ao nível das selecções jovens, nomeadamente nos escalões de sub-20 e sub-21, têm a ver fundamentalmente com o aparecimento das equipas B. Os dois últimos torneios de Toulon que Portugal venceu, foram conquistados com a presença de uma esmagadora maioria de atletas pertencentes às várias equipas secundárias. Isto é significativo e, no FC Porto a equipa B é a chave de toda a formação..

Suponho, então, que seja um projecto para continuar?
Pode ser nestes moldes, ou noutros, porque, lamentavelmente, quem tem responsabilidades de fomentar o futebol jovem em Portugal, anda completamente distraído. Ainda hoje (ndr: ontem) vi num jornal desportivo que os campeonatos da II divisão B não irão contemplar, nas novas reformas dos quadros competitivos, as equipas B, porque elas, alegadamente, não cumprem os objectivos para o quais foram criados. Isto é uma aberração completa de gente que anda de má-fé no futebol. Isto é um atentado grave à formação, tal como o é o silêncio da estrutura técnica da FPF. Meter a cabeça na areia é fácil e quem tem responsabilidades neste sector não pode estar calado, até para nos ajudarem a entender algumas coisas.

Alguma vez sentiu desmotivação nos seus jogadores da equipa B, por estarem impedidos de serem promovidos à Liga de Honra?
Não, nunca o senti. É óbvio que poder subir de divisão é um estímulo forte, mas a maior motivação é estarem prontos para a equipa principal e para o futebol português. Os nossos jogadores são formados no sentido de se auto-superarem permanentemente, para que se possam superiorizar perante todo e qualquer adversário. Queremos jogadores altamente competitivos e a sua evolução enquanto jogadores é suficientemente estimulante.

O nível da II divisão B é o ideal para os atletas que saem dos juniores?
Não sei, depende do tipo de jogadores que temos, até porque nem sempre temos, na equipa B, atletas que já estão prontos a competir a um nível superior. Mas é um campeonato com níveis competitivos diferentes dos campeonatos jovens. Independentemente do adversário ser melhor ou pior, nós temos sempre que jogar o melhor possível.

quarta-feira, junho 29, 2005

FC Porto B 04/05: Médios defensivos

Paulo Machado
Começou a época como a grande referência do meio campo da equipa, notabilizando-se pela enorme capacidade fisica na resuperação de bolas, tanto pelo ar como pelo chão, e apenas saindo da equipa para a selecção sub-19 ou, mais raramente, para jogos importantes dos juniores. Foi rápidamente referenciado para a equipa A por Fernandez, somando várias convocatórias, e acabando mesmo por se estrear pela mão do espanhol. Couceiro manteve a aposta, mas ao contrário de Fernandez, colocou-o atrás de Raul Meireles na ordem de preferências. Mesmo assim ainda voltou a jogar duas vezes, somando um total de 12 convocatórias e 4 jogos, mas apenas com 93 minutos jogados. Na equipa B somou 20 presenças, sempre como titular, jogando ainda todos os jogos da fase final dos juniores. Infelizmente, parece não ser aposta para a nova época, sendo quase certa a cedência ao Estrela da Amadora, recém promovido à superliga. Parece um bom empréstimo mas eu preferia que apostassem nele para a equipa principal, como o Sporting fez com João Moutinho e o Benfica com Manuel Fernandes, companheiros do meio campo nos sub-19.

Nuno Prata Coelho
Nuno Coelho conquistou a titularidade no Covilhã, da IIB, com apenas 16 anos. Tal facto chamou a atenção de muitos olheiros, que testemunharam a progressão do jovem, levando à cobiça de Benfica e Chelsea, mas foi o FC Porto a ganhar a corrida. Assinou em Dezembro, mas fez ainda alguns jogos no Covilhã, chegando ao Porto em Janeiro. Não começou logo a jogar, adaptando-se com serenidade à enorme mudança no estilo de vida. Por fim estreou-se, mas foi de seguida chamado à selecção sub-18, para a Meridian Cup. Também aí conseguiu terminar o torneio a titular. De regresso, em onze jogos, jogou dez, nove a titular, ganhando a Vilas Boas a luta por um lugar. Terminou a época como titular dos juniores na fase final e da selecção sub-18 no Torneio Internacional de Lisboa e mantém intacto o brilho que trouxe da Covilhã. É um forte candidato à promoção ao plantel principal durante a proxima época.

André Vilas Boas (André Filipe Monteiro Vilas Boas , Defesa central / Médio Defensivo, dn 4-1-1983)
Este centrocampista versátil, que também pode jogar a central, foi uma aposta de Mourinho, tendo-se mesmo sagrado campeão nacional, mas viu a ascensão travada por um grave acidente de viação, de cujas sequelas só recuperou em Janeiro de 2005, perdendo portanto as primeiras 18 jornadas da IIB. Depois estreou-se com 4 jogos a titular, mas os resultados foram maus nessa fase e acabaria por perder a titularidade para o recém contratado Nuno Coelho. A central, a dupla Pedro Ribeiro e Sandro estava intocável e Domingos não lhe deu oportunidades nesse sector. Nestas condições, a devolução ao Rio Ave no final do periodo de empréstimo não surpreende, mas como prémio pelo profissionalismo demonstrado jogou pela equipa principal em Vinhais. O magro balanço da época é de onze jogos como titular e seis como suplente.

Pedro Nuno (Pedro Nuno Silva Correia, dn 21-1-1982)
O veterano do plantel e protótipo do jogador à Porto. Capitão da equipa B há mais de um ano, e com uma qualidade de passe muito acima da média. Infelizmente, sucessivas lesões tem impedido a sua progressão e, com 23 anos, é incerto o futuro deste excelente jogador. A mais grave ocorreu no inicio desta época, quando jogava pela equipa principal contra o Tourizense. Em consequência, uma época magra, com apenas 3 jogos completos e 8 no total. Uma pena...

Rodrigo Ângelo (Paulo Ricardo Ribeiro Jesus Machado , Médio dn 31-4-1986)
Este internacional sub-19, com fase finais de europeus jovens no curriculo, não conseguiu espaço na equipa, jogando apenas 3 partidas até Dezembro, com uma unica a titular, que não completou. O empréstimo ao Tourizense foi a solução encontrada para procurar salvar a época. Aí conseguiu jogar mais, mas mesmo assim não é certo que regresse.

Por fim uma palavra para o junior Duarte, que se estreou nos séniores com alguns minutos contra o Salgueiros.

Estrutura técnica da formação

Foi anunciada no site oficial a estrutura técnica da formação portista, com o interessante principio geral dos treinadores acompanharem os seus atletas na subida de escalão (um pouco ao estilo das professoras da escola primária!). Apesar de não aparecer neste organigrama, o adjunto de Adriaanse, Riekerink, terá certamente um papel na ligação entre o futebol jovem e o plantel principal.
A coordenação técnica será da responsabilidade de Ilídio Vale, que manterá a seu cargo o futebol jovem do clube e a interligação deste com a equipa principal. No comando do técnico do F.C. Porto B estará Aloísio, acompanhado por Bandeirinha e José Mário. Nos juniores José Guilherme exercerá as funções de treinador principal, coadjuvado por Paulinho Santos e Raul Costa.
Nos Juvenis, a equipa técnica é composta por João Carlos e Nuno Amieiro, enquanto Rui Gomes, António Manuel e Tiago Costa vão treinar o Padroense, equipa com a qual o F.C. Porto mantém um protocolo. Os iniciados azuis e brancos serão orientados por Álvaro Manuel Silva, Joaquim Silva, Hélder Nunes e João Brandão.
A dirigir os Infantis estarão Álvaro Silva, Daniel Correia, Nuno Pimentel, enquanto no escalão de Escolas, Carlos Alberto, Pedro Ferreira e Leandro Vieira serão os responsáveis.
Silvino Morais, Rui Teixeira e José Alves são os treinadores de guarda-redes que vão prestar apoio a todas as equipas da formação do F.C. Porto. Por sua vez, Nuno Amieiro e Rui Gomes são os novos treinadores no quadro técnico do emblema portista.

terça-feira, junho 28, 2005

FC Porto 04/05: Jogadores emprestados

O empréstimo é a solução encontrada para a progressão na carreira quando há poucas chances no clube propriétário do passe. É também um periodo dificil para os jogadores, que aterram num clube estranho e tem que muito rápidamente conquistar a titularidade, caso contrário a carreira começa a patinar. Muitos ficam para trás neste exigente e por vezes cruel e injusto teste. Nesta época os empréstimos melhor sucedidos foram os de Bruno Alves e Paulo Assunção, que se tornaram preferidos dos adeptos no AEK. Bruno Moraes, apesar da rábula do penalty e da grave lesão, conseguiu a quase unanimidade da critica a respeito do seu muito talento, pelo que também este empréstimo pode considerar-se bem sucedido. Hugo Almeida, César Peixoto, Marco Ferreira, Hugo Leal e Marcos António conseguiram ser titulares e tem assim uma chance, uns mais do que outros, na luta pelos 32 lugares no estágio na Holanda. Já Jankauskas não o conseguiu e está desde já de fora. Passando agora a jogadores da equipa B, os mais bem sucedidos foram Buzsaky , que convenceu tanto que foi comprado (~ 1 milhão de euros) e Vitor Rodrigues (falado para Setubal), titular no Tourizense e suplente nos sub-21. Sérgio Organista, Vitor Silva e Hugo Luz tiveram épocas discretas mas mesmo assim deverão obter lugar na I ou II ligas. Os laterais esquerdos, V. Rodrigues e H. Luz, internacionais sub-21, terminam o seu vinculo com o clube. Furtado começou muito bem mas terminou sem brilho, enquanto Rodrigo Ângelo e Ricardo Costa lutaram pela titularidade em Touriz. Receio que estes ultimos empréstimos sejam uma espécie de pré-dispensa. É pena.

Superliga
  • Hugo Almeida: Um jogador que no FC Porto nunca teve verdadeiras oportunidades, entrou muito bem no Boavista, mas desceu de produção na ponta final, como toda a equipa. Mesmo assim manteve-se entre as opções mais utilizadas, apenas saindo por lesão.
  • Bruno Moraes: Até Dezembro um empréstimo discreto. Depois apareceu com os primeiros golos para a taça de Portugal, mas quase estragava tudo com a célebre rábula do penalty. Couceiro perdoou-o e nos primeiros meses de 2005 mostrou pela primeira vez o porquê do prestigio que trouxe do Brasil. Um avançado possante, rápido, que tanto pode jogar na área como descair para as alas. Uma grave rotura de ligamentos terminou cruelmente com esta fase de afirmação e não é liquido que esteja apto na pré-época.
  • Marco Ferreira: Uma época razoável, apesar de uma lesão grave. Mesmo assim conseguiu ser titular sempre que esteve apto e fazer bons jogos (15 jogos a titular e 7 a suplente, para um total de 1459' e 3 golos).
  • César Peixoto: No FC Porto Fernandez deu-lhe mais oportunidades do que as que merecia, mas pouco ou nada foi capaz de fazer com ela. Dizer que estava tapado por um Derlei a 20%, que para mais nunca foi extremo esquerdo, é fraca desculpa. No Guimarães esteve melhor, conseguindo ser titular e arrancar exibições aceitáveis (se bem que mantendo a postura algo displicente que o caracteriza).
  • Hugo Leal: Forçou a saída no Natal e conseguiu ser titular na boa ponta final da Académica, apesar de não ser dos jogadores mais destacados pela imprensa. Nos jogos que vi esteve bem. (13 jogos a titular e 6 a suplente, para um total de 1215').
  • Marcos António: Titular no Gil Vicente, mas não indiscutivel, totalizou 25 utilizações, num total de 2044'. Não parece ser uma verdadeira aposta e deverá voltar a ser emprestado.

Estrangeiro

  • Bruno Alves: Foi de todos os emprestados o que teve a época mais conseguida, com 42 jogos pelo AEK (27 na liga, 10 na taça e 5 na UEFA num total de 3806 minutos). Para tal, certamente jogou bem melhor do que o fez nos Jogos Olimpicos e como tal tem chances reais de ficar no plantel, sobretudo se a concorrência vier do Pepe em crise de confiança que por cá andou na fase final da época.
  • Paulo Assunção: Uma boa época no AEK, com 36 partidas (23 campeonato + 8 taça + 5 uefa) disputadas permitem-lhe sonhar com um lugar no plantel, mas o meio campo está muito concorrido. Ainda assim, um empréstimo que correu muito bem.
  • Jankauskas: Começou a titular (8 jogos), mas sem acertar com a baliza acabou por passar a entrar durante as partidas (13 jogos). Conclui assim uma época em que ficou em branco, e as hipoteses de regressar ao Dragão são nulas. Um empréstimo completamente falhado e um jogador totalmente desvalorizado, ele que não foi barato.
  • Maciel: Tapado no FC Porto foi emprestado em Dezembro, ao Atlético Paranaense.
    Esperava-se que Maciel, 26 anos, fosse um dos destaques do Furacão na Copa Libertadores da América. O jogador, porém, não se firmou no time titular e, em maio, passou a ouvir insinuações de que não se esforçava, depois que o então treinador interino Borba Filho declarou não ser possível contar com “certos jogadores”. Placar
  • Akos Buzsaky: Um bom empréstimo ao Plymouth da segunda liga Inglesa. Conquistou a titularidade e foi votado pelos adeptos o terceiro melhor reforço da equipa. Em consequência disso, foi comprado pelo clube Inglês (falou-se em um milhão de euros).

Liga de honra (II liga)
  • Hugo Luz: Jogou no Estrela da Amadora, sendo convocado para 25 partidas, e jogando em 19, tendo visto 5 cartões amarelos.
  • Vítor Silva: Jogou no Santa Clara e foi convocado 26 vezes, jogando em 20 partidas. Marcou um golo e viu um cartão amarelo.
  • Sérgio Organista: Jogou no Santa Clara e foi convocado para 28 jogos, jogando em 20 partidas. marcou um golo e viu seis cartões amarelos.
  • André Queirós: Perdido o duelo com Rui Sacramento para o FC Porto B, foi ambicioso, ficando emprestado ao Espinho da II liga. Porém, a época não correu muito bem, pois o clube foi despromovido e André foi apenas suplente não utilizado 16 vezes, na sombra do veterano Tó Ferreira (34 anos, 218 jogos na II liga e 19 na I) e discutindo o lugar no banco com Petiz. Como magro peculio da época, leva uma presença no jogo da taça de Portugal contra o Almada, em que substituiu o lesionado Petiz.
II divisão B (Tourizense)
  • Vitor Rodrigues, titular em 28 partidas e que conquistou um espaço na selecção sub-21, onde é suplente de Valdir. O FC Porto não renovou contrato, cedendo-o ao Setubal, mas poderá manter alguma espécie de direito de opção.
  • Furtado, que marcou 14 golos na primeira metade da época, perdendo devido a lesão boa parte da segunda volta. Não se sabe se ainda mantém vinculo ao FC Porto. Na próxima época jogará
  • Rodrigo Ângelo chegou em Janeiro e, em 18 jogos, foi 7 vezes titular e 5 suplente. Melhor que no FC Porto B, mas ainda assim discreto. Ainda mais discreto esteve o extremo-esquerdo Ricardo Costa, titular em 4 partidas e suplente em 9, compensando com algumas boas exibições na selecção sub-20. O futuro destes atletas é para já desconhecido.
É possivel que existam mais jogadores com vinculo ao clube. Por exemplo, Tonel que parecia ter sido cedido ao Maritimo, foi afinal emprestado por 3 anos, restando-lhe ainda um ano de contrato com o FC Porto. Quantos mais haverá em situação semelhante? E restam jogadores que cumpriram o ultimo ano de contrato emprestados e sem prespectivas de renovação, como Frederik e Mário Silva.

Formação entra de férias

  • Fecharam este fim de semana as oficinas de formação portista, para umas curtas férias. O balanço é positivo, com juniores e juvenis a serem vice campeões nacionais, os iniciados a conquistarem o titulo nacional e os infantis o titulo da AF Porto. Mas o mais importante foi a promoção ao plantel principal de Ivanildo e Paulo Machado. O regresso ao trabalho está marcado para 22 de Julho.
  • A estrutura técnica ficou também definida: Aloísio (principal), Bandeirinha (adjunto) e José Mário (preparador fisico) na equipa B, José Guilherme passou dos juvenis para os juniores e João Carlos Costa passou de adjunto de Domingos nos B a técnico principal dos juvenis.
  • Gonzalo Marronkle é pretendido em Setubal. Uma boa opção para o jovem Argentino, cuja presença na área, bom jogo de costas para a baliza e remate fácil e poderoso de pé esquerdo impressionaram no FC Porto B.
  • Hugo Leal quase certo no Guimarães. Também na lista de Pacheco estão Jankauskas, Léo Lima e Pitbull. Seria bom que estas situações se resolvessem o mais rápido possivel.
  • Paulo Machado terá acertado em definitivo com o Estrela da Amadora, um empréstimo em que os Estrelistas pagam os salários do jogador. Bruno Vale espera apenas concluir a renovação com o Porto para seguir o mesmo caminho. Se no caso do jovem guarda redes jogar é essencial e o empréstimo indispensável, no caso de Machado, eu preferia a aposta para a equipa principal. Ainda assim, aceita-se este empréstimo.
  • O FC Porto assegurou um lateral direito: Bosingwa com renovação até 2010 e FC Porto com 80% do passe.
  • Hugo Almeida no negócio de Kromkamp? Não me agrada, mas é consistente com a pouco convicta aposta no internacional luso por parte do fcp. Espero que não seja verdade. Outras noticias dão-no como certo no estágio, com Celta de Vigo (I liga Espanha) e Sunderland (I liga Inglesa) a aguardar resposta às propostas de empréstimo que fizeram.

segunda-feira, junho 27, 2005

sub-17: FC Porto 2-0 SL Benfica, por Xtewinha

Num ambiente frenético, por parte dos adeptos portistas, desenrolou-se um jogo em que era visível a vontade de golear o Benfica, vontade que foi evidenciada pelas alterações que o técnico portista fez, colocando de inicio apenas três defesas e retirando outro no inicio da segunda parte.
O início do jogo foi marcado pela pressão feita pelo FCP, não dando espaço para o Benfica que raramente chegava à baliza portista. Na defesa deve-se salientar o fantástico desempenho de Morais, pois esteve sempre muito consistente, dando segurança! O primeiro golo surge após um cruzamento de André Monteiro, em que Rui Pedro finaliza! Talvez devido à pressão à qual estavam sujeitos (N.Ed: e à mudança do esquema táctico?) os jovens portistas não conseguiram apresentar um futebol equilibrado durante toda a partida mas ainda na primeira parte existiram muitos lances que fizeram tremer a baliza benfiquista, o mais flagrante dos quais foi uma bola ao poste de André Monteiro!
Na segunda parte os jovens portistas continuaram a lutar para alcançar o título, que ainda era possível! Todos se esforçaram bastante… É de destacar os sprints de Candeias, mesmo no final da segunda parte, quando o cansaço era evidente, porém o amor à camisola falou mais alto, tão alto que acreditou até ao fim e finalizou em golo! Quase no final do jogo o ambiente foi ao rubro, quando se soube do empate a duas bolas entre Leixões e Sporting... o que daria o título ao FCP! Alegria que terminou com a vitória do Sporting minutos depois, por 3-2. A tristeza ficou estampada na cara dos jovens portistas que lutaram sempre até ao fim, mas a estrelinha da sorte teimava em não lhes dar uma ajuda! Existiram alguns erros da arbitragem, nomeadamente na marcação de foras de jogo que não existiram e a dificuldade em marcar faltas a favor do FCP!
Não posso deixar de referir uma cena que presenciei, pois para mim foi simplesmente falta de sensibilidade por parte de um fotógrafo presente. Este suposto profissional não teve a capacidade de dar aos jogadores portistas o seu espaço para “gozar” a tristeza de perder um título sonhado por todos! O que mais me chocou foi ver André Monteiro triste e o fotógrafo sempre em cima dele a tirar fotos!! Mas que é isto?!!? Será que já ouviram falar em respeito?

Nota do editor: Com a devida vénia, damos as boas vindas de Xtewinha ao "Esperança Portista". Por motivos técnicos os primeiros posts serão colocados por mim :-)

sub-17: Parabéns Sporting

Foi frustrante para mim ver a excelente equipa de juvenis do FC Porto perder este titulo, mas não se pode contestar o mérito de um campeão invicto. É que esta equipa de juvenis não perdeu nenhum jogo. É obra.
É verdade que não ganharam ao FC Porto (empate 1-1 em Alcochete e 0-0 no Olival) e que se o desempate fosse igual ao da Superliga (e porquê que não é?), o campeão seria o FC Porto.
Tal não nos impede porém de realçar os excelentes jogadores do Sporting, com destaque para o guarda redes Rui Patricio, para o central e capitão Daniel Carriço, os médios João Gonçalves, João Martins e Pereirinha e o extremo Fábio Paim. Sem por em causa o talento de Paim, não ficaria surpreendido se fosse Carriço o primeiro a chegar ao topo. Um central com uma serenidade invulgar e muita qualidade técnica.
Do FC Porto, destaca-se sobretudo um tremendo espirito de equipa, num grupo que à dois anos chegou à final mundial da Nike Cup. Mas também tem excelentes jogadores, e nomes como Hugo Ventura, Morais, Hugo Monteiro, André Castro, Rui Pedro, Daniel Candeias ou André Monteiro poderão muito rápidamente tornar-se um caso sério no futebol nacional. São os nossos campeões e terão direito a um artigo a destacar a excelente época que fizeram.
Parabéns também para a excelente equipa do Leixões, que se bateu taco a taco com FC Porto e Sporting nos ultimos dois jogos da fase final e que quase decidia o campeonato a favor do FC Porto em Alcochete.
Já sobre o triste Benfica, que após cinco derrotas se apresentou no Olival para perder por poucos, é melhor não dizer nada.

domingo, junho 26, 2005

sub-17: FC Porto 2-0 SL Benfica

Perante uma pobre equipa benfiquista, que se apresentou no Olival para perder por poucos, o FC Porto venceu com clareza mas sem poder concretizar a goleada de que necessitava. Numa prestação legitima mas patética, os encarnados continuaram fechados na defesa, mesmo depois de estarem a perder por um e dois golos. Mesmo assim, chegou a festejar-se no Olival pois os bravos Leixonenses deram grande luta ao Sporting, que só nos descontos conseguiu vencer o jogo e igualar os portistas em pontos, vencendo num anacrónico desempate por "goal-average". Basta dizer que, se o desempate fosse idêntico ao da Superliga, o campeão seria o FC Porto...
Mas não é assim e portanto parabéns à excelente equipa Sportinguista, que venceu um dos mais fortes campeonatos juvenis de sempre, o seu nono. O FC Porto mantém-se lider deste escalão com 17 titulos, seguido do Benfica com 13.

GR Hugo Ventura
D Tiago Moreira (Eduardo Negrinho, 46'), Victor Hugo, Morais
M Fabinho, Castro, Miguel Ângelo, Rui Pedro
AV André Monteiro (Terroso, 68'), Daniel Candeias, Monteiro (Pedro Sá, 62')

Embora vencendo com justiça o Benfica, por 2-0, o F. C. Porto viu o título fugir-lhe para o Sporting mesmo nos últimos segundos. Sempre com a tarefa dificultada por um Benfica atrevido, mas ineficaz, depois veio a alegria com o golo de Castro. Ao mesmo tempo, o Leixões empatava em Alcochete. Depois, seguiu-se a frustração após os leões terem passado para a frente já em tempo extra. De ouvidos atentos às peripécias do Sporting-Leixões, Joaquim Pinheiro, da SAD portista, teceu duras críticas ao critério do árbitro escalado para o jogo que decidiu o campeão. Segundo o dirigente, este acabou por dar sete minutos de injustificado prolongamento, "fabricando assim o resultado". Jornal de Noticias

Quando, a dois minutos do fim, Candeias, visivelmente em inferioridade física, marcou o segundo golo do FC Porto, os festejos tomaram conta da bancada do Estádio Filipe Menezes, no Olival, não apenas por a vitória estar garantida, mas, acima de tudo, por o título estar cada vez mais perto. Por instantes, os "dragões" eram campeões nacionais de juvenis, mas um golo do Sporting, em Alcochete, já em período de descontos, roubou-lhes aquilo que, por momentos, chegaram a ter. E que não lhes ficava nada mal...
Em igualdade pontual com o Sporting na liderança do Campeonato, mas em desvantagem na diferença de golos marcados e sofridos, o FC Porto não apenas precisava de confirmar o favoritismo que lhe era atribuído no clássico dos mais novos -- afinal, o Benfica ainda não tinha feito qualquer ponto. E assim continuou --, como ainda estava obrigado a golear por 5-0. Ficou-se pela metade.
Quando, logo aos cinco minutos, Rui Pedro marcou de cabeça, respondendo bem a um canto, a esperança cresceu. E pareceu mesmo certeza um minuto depois, quando André Monteiro esteve prestes a fazer o segundo, não fosse a bola ter esbarrado no poste direito da baliza de Manuel Gama.
A jogar num arrojado desenho táctico composto por apenas três defesas, dois jogadores de contenção a meio-campo, três com liberdade para atacar e dois finalizadores, o FC Porto entrou de rompantes, mas, aos poucos, começou a perder clarividência e objectividade do meio-campo para a frente, tornando mesmo difícil aquilo que era fácil.
Sem nada a perder e apenas com o brio a preservar, o Benfica, completamente inofensivo em termos ofensivos, esfregava as mãos de contente.
Sem outra solução que não fosse a de atacar, de qualquer jeito e feitio, os "dragões" arriscaram tudo -- José Guilherme tirou um jogador à já curta defesa portista e ainda refrescou o meio-campo e o ataque -- e abriram espaços para o contra-ataque do Benfica, que dispôs mesmo das duas mais flagrantes oportunidades de golo, primeiro, por Fábio Ribeiro e, depois, por Hugo Urbano.
Com o Leixões a empatar o Sporting, os adeptos já faziam a festa na bancada quando Candeias lhes deu mais motivos para festejar. Por pouco tempo.
Ou um golo tão fulminante como inesperado em Alcochete não tivesse provocado uma autêntica reviravolta no estado de espírito da massa adepta portista e mesmo nos jogadores, caídos, um pouco por todo o lado, a carpir mágoas no relvado por um título que lhes fugiu por entre os dedos em apenas dois minutos.
O estado de espírito do técnico José Guilherme, que deve ter feito o último jogo como treinador dos juvenis do FC Porto, estava estampado no rosto do quase certo futuro treinador dos juniores. Deiludido por não estar a festejar o título de campeão nacional relativo à época 2004/2005, José Guilherme estava, ainda assim, "orgulhoso com os jogadores", que, segundo o técnico portista, "tudo fizeram" para evitar a festa em Alcochete. "Merecíamos ter sido campeões", desabafou ainda o treinador do FC Porto. Já Nuno Cristóvão reconheceu que "o Benfica fez o que pôde na fase final" do Campeonato e deixou claro que o último lugar não o envergonha, tendo em conta as limitações de treino dos da Luz e a inexperiência de uma equipa com jogadores só de primeiro ano. O Comércio do Porto

Muita gente acorreu ao Centro de Estágio Porto/Gaia, no Olival, com a esperança de poder festejar mais um mas a missão era muito complicada. Os «dragões» não dependiam apenas de si mesmos, já que o «goal average» favorecia o outro aspirante, o campeão em título Sporting. Os «azuis e brancos» precisavam de vencer o Benfica por seis golos de diferença e esperar que os «leões» vencessem pela margem mínima ou que os «bebés» do Leixões pregassem uma partida em Alcochete…
Como a esperança é a última a morrer, o FC Porto entrou determinado em vencer e não precisou de mais de oito minutos para chegar à vantagem. Rui Pedro acorreu da melhor forma à marcação de um canto e bateu Manuel Gama. Pouco depois, André Monteiro volta a «assustar» os «encarnados» e remata ao poste, lance que marcaria o fim de oportunidades flagrantes na primeira parte. O jogo arrastava-se confuso e nem sempre bem jogado e as ocasiões de golo, de parte a parte (embora com larga superioridade dos «dragões»), resumiam-se a remates de longe, sem êxito. Na segunda parte, as coisas pouco alteraram. Ambas as equipas continuavam sem proporcionar um bom espectáculo, com os portistas a assumir o jogo e o Benfica a explorar o contra-ataque. Mas seriam mesmo os «encarnados» a dispor das melhores oportunidades, obrigando Ventura a um par de defesas complicadas, para além de desperdiçarem também duas ocasiões de golo iminente por ineficácia (e direcção) no remate. O FC Porto porfiava à procura do golo da segurança, mas não conseguia «furar» a defesa contrária, muito devido à falta de ideias, talvez porque a cabeça estava longe, mais a Sul. Contudo, ao tomarem conhecimento do segundo golo do Leixões frente ao Sporting, o do empate, os «dragões», contagiados pela euforia do público, chegariam mesmo ao golo por intermédio de Candeias, o melhor marcador da equipa, numa recarga a um remate também seu, bem parado por Gama. Festejou-se então no Olival por um título que parecia estar nas mãos. Afinal, escassos segundos os separava da apoteose. Só que o futebol é pródigo em surpresas e o Sporting, já no escoar do período de descontos, conseguiria mesmo o golo (3-2) que o levaria do Inferno ao Céu de um momento para o outro, «obrigando» os «dragões» a fazer o trajecto contrário. Os «bebés» foram homens, mas os «leões» foram super e lograram revalidar o título, conquistando o nono do seu historial. Assim sendo, Sporting e FC Porto terminaram com os mesmos pontos (14), mas como não conseguiram golear o Benfica os «dragões» tiveram que contentar-se com o título de vice-campeão pela diferença de três golos. Curiosamente os dragões também ficaram em segundo lugar em juniores, prova vencida anteontem também pelo Sporting.
No final, o técnico do FC Porto, José Guilherme, não escondia o que lhe ia na alma. “Estou triste porque não conseguimos ser campeões mas orgulhoso dos meus jogadores que fizeram tudo para o conseguir. Tanto o Sporting como o FC Porto podiam ser campeões, a diferença esteve apenas no jogo do Sporting em Matosinhos, onde venceu por 6-0, no único resultado desnivelado desta fase, embora o Leixões fosse condicionado por duas expulsões. Contudo, penso que fomos superiores ao Sporting nos jogos entre as duas equipas”, referiu. O Primeiro de Janeiro

sub-19: FC Porto 4-1 Boavista FC

GR Hugo Marques
LD João Dias
DC Fábio Ervões e João Pedro
LE Leandro
M Nuno Coelho, Vieirinha (Diogo, 58'), João Pinhal e Samarra (Duarte, 75')
AV Márcio Sousa (Bruno Gama, 68') e Hélder Barbosa.

Apesar de Boavista e FC Porto já terem ficado pelo caminho na luta pelo título, as duas equipas mostraram espírito competitivo e realizaram um bom encontro, com muita luta a meio campo e ambas as equipas a criarem sucessivas situações de perigo, das quais resultaram cinco golos. Apesar da constante procura dos axadrezados para furar a muralha defensiva portista, o FC Porto foi claramente superior, uma vez que soube defender quase sem falhas e no meio-campo tinha jogadores experientes que controlavam o fluxo de jogo a seu favor. No final do primeiro tempo o FC Porto já vencia por 2-0, com golos de Hélder Barbosa e João Pedro. Quando se esperava, no início da segunda parte, um Boavista mais organizado, nomeadamente menos trapalhão na hora de finalizar, aconteceu precisamente o contrário. O FC Porto surgiu mais acutilante e, aos 56', Vieirinha, a estrela da companhia, aumentou a vantagem para 3-0. O quarto golo dos "dragões" chegou a um minuto do final, do central Pinhal, enquanto o golo de honra dos boavisteiros apareceu já nos descontos, por Daniel Bastos. O Jogo

sexta-feira, junho 24, 2005

sub-17: Leixões, a revelação do nacional de juvenis

Enquanto FC Porto e Sporting disputam o titulo, com o FC Porto a necessitar de recuperar uma diferença de 4 golos na ultima jornada para ser campeão, a equipa sensação do escalão é o Leixões. Não obstante não contar nas suas fileiras com jogadores da selecção sub-17 e nunca ter chegado à fase final da categoria, conseguiu desta vez esse feito, deixando pelo caminho, na segunda fase, Boavista, Braga e Académica. Este feito despertou mesmo a atenção do poderoso Chelsea, que através do seu observador Ferreirinha já detectou jogadores que irão estagiar a Londres. Quanto ao clube em si, lutou pela subida na II liga, mas atravessa dificuldades financeiras, incluindo dividas fiscais. Mesmo assim, a formação tem boas condições, incluindo mesmo um lar. De lá já sairam atletas como Ricardo Nascimento, Sérgio Nunes e Fangueiro. Aqui fica a equipa, com destaque para os titularissimos Dias (médio defensivo), André Portillo (médio ofensivo) e Ruben (avançado). O treinador responsável por este feito é Rui Gomes.


GR Tavares (Ricardo)
LD Passos (Igor)
DC Andrade, Nandinho (Tiago Correia, Tiago Silva)
LE Vitor Lobo (Lopes)
MD Dias
M André Portillo e Areias (Lopes, Rochinha)
AV Cheta, Ruben e Alvarenga, ( Joel, Rochinha, Cintra, Renato)

Fase final
Sporting 3-2 Leixões
Leixões 0-1 FC Porto
Benfica 1-2 Leixões
Leixões 0-6 Sporting
FC Porto 2-0 Leixões
Leixões 3-0 Benfica
Antevisão

Segunda fase
Braga 1-1 Leixões
Leixões 3-0 Boavista

quinta-feira, junho 23, 2005

Torneio "Lopes da Silva" e outras notas

  • Inicia-se amanhã (24/6) e prolonga-se até à proxima quinta feira o maior torneio de futebol realizado em Portugal, o Torneio Inter-Associações ‘Lopes da Silva’ (sub-15), que conta com a participação das 22 selecções das Associações Distritais portuguesas. As avaliações obtidas neste torneio são a base para a formação das selecções nacionais sub-16.
  • FC Porto tenta prolongar contrato de Hugo Almeida até 2011. Acho bem, só é pena não apostarem nele desportivamente de forma mais coerente.
  • Covilhã desiste de contratar jovens portistas, por não ter meios financeiros para chegar a acordo com os jogadores. Os alvos eram Bruno Vale, Pedro Ribeiro, Sérgio Organista, Cristovão e Vieirinha. Esperemos que tal se deva ao facto destes atletas terem melhores propostas em carteira.
  • As sucessivas declarações de Rob Moore sobre McCarthy deitam alguma luz sobre o processo: O Sul Africano recusou uma proposta do Dinamo de Moscovo, que provavelmente estaria na disposição de pagar os 9 milhões de euros (6 para o FC Porto) da clausula de rescisão e quer agora que os portistas aceitem 6 milhões de euros (3 para o FC Porto) do Blackburn. Um braço de ferro que não é bonito, mas onde a inocência de McCarthy e Rob Moore é nenhuma. Com contrato com o clube quer sair e acha estranho que o clube prefira receber 6 milhões em vez de 3. Palavras para quê? Para ser franco, acho bem gastos 3 milhões para mostrar a outros que estamos dispostos a ir até às ultimas consequências, perante a chantagem de um jogador.
  • O primeiro jogo da pré-época irá ser a 9 de Julho contra o Tourizense, mas à porta fechada. Um sinal de que a colaboração com o clube de Touriz continua de vento em popa.
  • As vantagens das equipas satélite Melhor solução que as equipas B são os clubes satélite. Se os clubes com equipas B arrumassem um clube local que aceitasse servir como clube satélite seria tudo melhor. Pensem assim: um clube grande cria um protocolo de cooperação por 5 anos com um clube menor (ex.: Porto e Tourizense). O Porto cedia todos os jogadores da sua equipa B ao Tourizense (ou pelo menos os mais talentosos), o Tourizense mantinha uns 5 ou 6 jogadores próprios, mais experientes, e possuiria uma percentagem pequena de todos os jogadores que lhe foram emprestados (10 ou 15 porcento). O staff do Tourizense seria indicado pelo Porto e este treinaria em algum lugar indicado pelo Porto. O Porto, por sua vez, acompanharia, através de olheiros, a evolução dos seus jogadores. Assim, os jovens craques poderiam evoluir mais (uma vez que poderiam passar da IIB, acessando a Liga de Honra e até a SuperLiga), pois continuariam jogando contra os séniores, e o Porto acabaria gastando menos em termos de salário, uma vez que este seria compartilhado com o Tourizense. Seria uma boa solução. por .

Como jogar no FC Porto

Estão marcadas as datas para as captações para as equipas do FC Porto (dos 8 aos 14 anos de idade). Todos os atletas devem comparecer aos treinos acompanhados do respectivo Bilhete de Identidade e de equipamento completo (calção, camisola, meias e botas de pitons de borracha).
  • As sessões para Iniciados (nascidos em 1991 e 1992) estão previstas para os dias: 1 de Julho, às 17h30; 25 de Junho e 2 de Julho, às 17h00; e nos dias 26 de Junho e 3 de Julho às 11h00.
  • Para os Infantis (nascidos em 1993 e 1994) o horário é o seguinte: dia 1 de Julho às 16h00; dias 25 de Junho e 2 de Julho, às 15h30; e dias 26 de Junho e 3 de Julho, às 10h00.
  • Na categoria de Escolas (nascidos em 1995 e 1996) as captações têm lugar dia 1 de Julho, às 16h00; dias 25 e 2 de Julho, às 10h00; e dias 26 de Junho e 3 de Julho às 10h00.
Uma outra interessante iniciativa é a Escola do Dragão, para atletas dos 6 aos 12 anos. As inscrições vão decorrer de 4 a 6 de Julho, das 15h00 às 17h00, no Estádio do Dragão. A actividade realizar-se-á no Campo do Padroense (Padrão da Légua, em Matosinhos, próximo de Monte dos Burgos) e terá início dia 10 de Setembro, das 9h00 às 12h00. Para mais informações os telefones são o 225570432 e o 225570431.

sub-19 (juniores): SL Benfica 1-1 FC Porto

O FC Porto mostrou garra, mas o conjunto de individualidades que se juntou nesta fase final teve dificuldades em apresentar o entrosamento necessário nesta fase decisiva da prova. Este jogo, em que os portistas perderam as chances que ainda tinham, foi semelhante aos anteriores. Dominio territorial, criação de algumas oportunidades não concretizadas e vulnerablidade ao contra ataque adversário. Bandeirinha não pode ser ilibado de tão pouco brilhante prestação com a matéria prima de que dispunha e que inclui alguns dos mais promissores jogadores nacionais.

GR Hugo Marques
LD João Dias
DC Fábio Ervões, João Pedro
LD José Daniel (João Pinhal, 83')
M Nuno Prata Coelho, Paulo Machado (Hélder Barbosa, 66') e Márcio Sousa
AV Vieirinha (João Ribeiro, 75'), Bruno Gama e Ivanildo.
Treinador: Fernando Bandeirinha.

O Benfica ficou a um pequeno passo de revalidar o título de campeão nacional ao empatar ontem diante do FC Porto. Num jogo sempre muito disputado e, por vezes, algo ríspido, os encarnados demonstraram ter um colectivo mais forte do que os dragões, que, apesar das muitas individualidades presentes no onze, não conseguiam manter um fio de jogo constante.
Com a classificação a seu favor, o Benfica adoptou, durante grande parte do desafio, uma postura mais passiva, esperando pelos erros do conjunto contrário e lançando, ocasionalmente, rápidos contra-ataques a ameaçar a baliza de Hugo Marques.
O FC Porto tomou, desde logo, conta da posse de bola, mas foi precisamente a formação encarnada a primeira a criar perigo - aos seis minutos, por intermédio de Luís Zambujo. Este foi um bom tónico para os benfiquistas, que, à passagem do quarto de hora, inauguraram o marcador, por Diogo Cardoso.
Em desvantagem, os portistas continuaram a pressionar, mas os seus três jogadores da frente de ataque, apesar de bastante móveis, não conseguiam criar fragilidades na defesa do Benfica, que apresentava um meio-campo muito elástico e que acorria a todos os "fogos", no qual Davidson Coronel - ao estilo de Manuel Fernandes - se destacava.
No entanto, nos primeiros minutos do segundo tempo, o FC Porto surgiu bastante mais inspirado. Em poucos minutos, os dragões construíram várias oportunidades de golo, chegando ao empate aos 52 minutos. A partir daqui, enquanto o Benfica apostou ainda mais em reforçar a solidez da sua defesa, os portistas arriscaram tudo, não conseguindo, porém, consumar a reviravolta no marcador, e ficando assim afastados da luta pelo título.

FC Porto B: Steve Vitória, defesa central

O FC Porto B contratou o Luso-Canadiano Steve Vitória, defesa-central que representava o Woodbridge Strikers, uma equipa canadiana sediada em Ontário. Com 18 anos e 1,90 de altura, Steve terá chegado a Portugal com o objectivo de representar o Benfica, mas devido à indefinição do clube encarnado acabou por ser contratado pelo FC Porto. Isto depois de ter efectuado um teste nos dragões, treinando alguns dias com os juniores. É apresentado como um reforço para a equipa B, apesar de ainda ter idade de junior. As características do central agradaram aos responsáveis técnicos portistas e foi indicada à SAD a sua contratação.

quarta-feira, junho 22, 2005

As equipas B vão acabar?

  • Numa jogada que não espanta, a fpf propõe-se extinguir as equipas B, por forma a manter os seus membros mais pobrezinhos perto da salvadora Superliga. Discordo em absoluto desta decisão, sendo antes apoiante da oposta: a possiblidade das equipas B subirem à II liga. É assim em Espanha, Holanda, etc
  • O extremo esquerdo Tiago André, após uma época razoável mas discreta no FC Porto B, vai regressar ao Fafe. O Jogo detalha que o jogador estava emprestado. Sandro, o defesa central que veio ao mesmo tempo que ele, não é mencionado, pelo que é de supor que no seu caso os portistas exerceram a opção de compra. Decisões que se aceitam, em função do rendimento esta época.
  • Vitor Silva, avançado emprestado ao Santa Clara, tem boas chances de se manter no clube Açoreano.
  • Um aviso de Deco: "Robinho é um grande jogador, mas o futebol europeu é diferente e precisará de tempo para se adaptar. Prefiro ter Ronaldinho”. Robinho, titular na selecção Brasileira e o melhor jogador do Brasileirão. Agora pensem qual será a utilidade de Andersson, com apenas 20 jogos séniores, na II liga Brasileira...

terça-feira, junho 21, 2005

Notas de um portista

  • Ao que parece, o FC Porto não exerceu o direito de opção por Vitor Rodrigues, tendo-o cedido ao Vitória de Setubal. Boa sorte ao jovem lateral esquerdo, é o que desejamos. Também Hugo Luz terminou a sua ligação aos portistas, dispondo segundo declarações do próprio de duas propostas da Superliga e algumas mais da Liga de Honra. E assim saiem duas boas esperanças portistas, cujo retorno foi apenas o de facilitar alguns negócios... Entretanto, com Nuno Valente sempre em duvida devido a uma lesão que pode ser crónica, com um Leandro que arrepia a defender e com Areias, a lateral esquerda está longe de inspirar confiança.
  • Do lado direito, continua a novela Kromkamp, enquanto Cicinho, que há uns dias renovou com o São Paulo, diz que continua de pé a hipotese FC Porto. A não ser que tenha uma clausula especial para sair por muito menos que os 9.8 milhões da nova clausula de rescisão, parece-me um puro e simples absurdo e, se vier a acontecer, será denunciado aqui.
  • De acordo com um jornal local, Rony, o goleador do ASA, que discute o campeonato de Alagoas, teria sido negociado com o Porto. O Jogo confirma a noticia, mas não se vê espaço para o jogador no plantel, mesmo que alguem pague os 9 milhões por McCarthy. Talvez para a equipa B, ou será mais uma estória de verão?
  • Entretanto, no site oficial anuncia-se a compra de 70% do passe de Andersson, talvez pelos 5.5 milhões que por ele deu Jorge Mendes. Mais uma contratação "sem a noção de que não se pode falhar", e desta vez não há Mourinho no horizonte, para remendar a manta de retalhos em que se vai transformando o plantel.
  • UPDATE: No site oficial, o FC Porto nega qualquer interesse em Rony. Nega também negociações por Kromkamp e Hugo Viana, hoje noticiadas em alguma imprensa.

segunda-feira, junho 20, 2005

Numa manhã de nevoeiro, chegará o craque...

  • A Bola, impaciente com a ausência de novos rumores sobre o FCP, anunciou hoje um D. Sebastião futebolistico, "... um grande craque do futebol internacional, de um grande clube europeu e que conhece muito bem o futebol português". Palavras para quê, são jornalistas Portugueses.
  • Andersson confirmado. O clube cede parte do espaço no plantel e fica com um reforço para os postos de médio ofensivo e médio/extremo esquerdo. Mas só a partir de Setembro... Não é claro quanto foi preciso investir, mas fala-se de 800 mil euros de prémio de assinatura, 400 mil de salários anuais (~ 7000 ct/mês) e uma fracção do passe (70% do qual custou a Jorge Mendes 5.5 milhões). O desabafo do Drago faz todo o sentido...
  • Co leva 32 jogadores para estágio, dos quais ficarão 24 (no máximo 25). Era preferivel tomar mais decisões já, tanto para o clube como para os jogadores que não ficam, mas estas contingências são um dos custos das mudanças de treinador. E começa o exercicio de adivinhação? Quem fica, quem vai... coloquem as vossas listas nos comentários.
  • Nuno vendido por 2.5 milhões de euros. Irrecusável, quer para o clube quer para o jogador. Sempre achei que era um excelente suplente. Notável o jogo contra o Chelsea, onde arrancou excelentes defesas depois de ser mal batido no golo. É este "não tremer" que considero essencial num guarda-redes. Mas seria mau ficar um quarto ano a suplente, pelo que me parece bem que saia.
  • PdC "não conhece" Trabelsi, lateral direito do Ajax. Na codificada linguagem dele, significa que o jogador é uma hipotese, para já remota. Foi "O Jogo" a fazer a pergunta, que torna o jogador um rumor oficial :-)
  • Léo, lateral esquerdo do Santos, será hipotese para o Porto. Á primeira vista, parece bem melhor que Leandro, mas nunca jogou fora do Brasil, pelo que existiria o inevitável periodo de adaptação...

Gémeos Paixão no FC Porto B


Gémeos Paixão
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O jornal O Jogo confirmou este domingo que Marco Paixão (ponta de lança) e Flávio Paixão (extremo-esquerdo), que na presente época foram titulares no Sesimbra, assinaram contrato com o FC Porto, onde ficarão um ano por empréstimo, ao fim do qual o clube disporá da opção de um contrato com os jogadores. Marco Paixão foi o melhor marcador da equipa, que ficou em quinto lugar da série F da III divisão, com 17 golos. Os dois são gémeos, nascidos a 19 de Setembro de 1984. Além de futebolistas, são também modelos, representados pela DXL models. Foi da página dos dois irmãos nesta agência de modelos que retiramos a foto que ilustra o artigo.

sub-17 (juvenis): Leixões 0-1 FC Porto

Num jogo feio, o FC Porto não consegiu ser claramente superior ao valoroso Leixões, e acabou por vencer com alguma felicidade, num autogolo. Num campo muito estreito, os portistas não conseguiram impor o seu futebol de circulação de bola e, ao intervalo, José Guilherme despovoou o meio campo (tirando Castro e Miguel Ângelo) e colocou o desequilibrador André Monteiro e o alto Victor Hugo, apostando num futebol mais directo. Mais tarde arriscaria tudo, tirando o central Pereira para colocar mais um avançado, o rápido Eduardo Negrinho, ficando a jogar num inédito 3-2-1-4. Os portistas foram batendo bolas para a frente até que numa bola dividida com Candeias o central Leixonense fez autogolo. Depois o FC Porto ainda teve mais oportunidades mas o resultado não se alterou.
Na outra partida, o Sporting deu 3-0 ao Benfica, e tem agora quatro golos de vantagem sobre os portistas no "goal-average", critério de desempate perante os dois empates no confronto directo. Resta aos portistas golearem o Benfica, autentico bombo da festa nesta fase (0 pontos, 2 golos marcados e 13 sofridos) e esperar que o Leixões consiga uma exibição ao seu nivel em Alcochete. Para isso, porém, tem que ultrapassar a desilusão que constituiu o jogo com o Sporting (0-0, no Olival), e do qual parecem ter ficado marcas. A felicidade é possivel, acreditem!

GR Hugo Ventura
LE Hugo Silva
DC Morais, Pereira (60', Eduardo Negrinho)
LD Tiago Moreira
M Fábio, André Castro (40', Victor Hugo), Miguel Ângelo (40', André Monteiro), Rui Pedro
AV Daniel Candeias e Monteiro

Relato do jogo, no Bola na Área.
O Leixões saiu derrotado do confronto com o FC Porto, na penúltima jornada da terceira fase do campeonato de Juniores B e disse adeus a todas e qualquer hipótese de ser campeão. Por outro lado, os dragões mantêm-se na luta pelo título, uma tarefa que não se adivinha nada fácil, já que à partida para a última jornada está em igualdade pontual com o Sporting, mas com uma desvantagem de quatro golos na diferença entre golos marcados e sofridos.
Talvez por ser de manhã, ou pelo muito calor que se fazia sentir à hora do jogo em Matosinhos, a partida foi extremamente pobre, com muita luta, encontrões e faltas atrás de faltas. Apesar de tudo, o Leixões foi quem entrou melhor no jogo e dominou mesmo toda a primeira parte. O FC Porto algo atordoado com a entrada do adversário, só conseguia impedir as iniciativas atacantes dos leixonenses com faltas. O primeiro tempo terminou sem alterações no marcador e com o Leixões a ter razões de queixa da equipa da arbitragem em dois lances, ambos na área do FC Porto.
Para o segundo tempo os portistas trouxeram outra disposição, o técnico José Guilherme fez duas substituições, reforçando o meio-campo. O resultado destas mexidas foi um maior caudal ofensivo e durante os primeiros minutos deste segundo tempo o FC Porto encostou mesmo o Leixões à sua área. Aos 65', o lance que marcou a partida: após uma jogada de insistência dos dragões do lado esquerdo do ataque, André Monteiro centrou para o coração da área e o central do Leixões Dias aliviou de forma errada e fez a bola entrar no ângulo direito da baliza de Ricardo, fixando o resultado final.
Rui Gomes: "Tenho orgulho nestes jogadores"
O técnico do Leixões, Rui Gomes, analisou este jogo, comparando com os anteriores, destacando este como o melhor que fizeram contra o FC Porto. "Este foi o quatro jogo que fizemos com o eles, e de todos este foi o encontro em que estivemos mais próximos do nível do FC Porto", afirmou o treinador, que manifestou ainda grande orgulho nos seus jogadores. "Apesar de termos ficado pelo caminho, penso que nos batemos muito bem, tenho orgulho nestes jogadores".
José Guilherme: " Fomos felizes"
Apesar de muito competitivo, o treinador do FC Porto, José Guilherme, admitiu que o jogo não foi bonito e que embora tenham trabalhado para conseguir a vitória, admitiu alguma felicidade. "Foi um mau jogo, apesar de muito competitivo. O Leixões apareceu muito forte e criou-nos bastantes dificuldades, por isso tivemos de nos adaptar e penso que conseguimos. Fomos felizes no golo, mas penso que o resultado é justo". O Jogo

Numa partida onde o nível de futebol praticado foi incomparravelmente inferior à emotividade que se vivia na repleta bancada do Complexo Desportivo de Matosinhos, o triunfo do FC Porto, e o adeus ao título do Leixões, acabou por surgir num rasgo... de infelicidade. O azar de Dias, que marcou (aos 62´) na própria baliza o único tento do encontro, decidiu um jogo que não merecia melhor (e mais justo) resultado do que o nulo inicial.
Ainda assim, motivados pelo seu público, os leixonenses iniciaram a partida com um maior pendor ofensivo, criando oportunidades (leia-se dificuldades para a defensiva portista). Neste aspecto há que destacar o irrequieto Ruben. Além da disponibilidade demonstrada na primeira parte, o 10 matosinhense voltou a atacar, aos 41´, com um remate violento, à figura de Ventura.
Contudo, foi FC Porto que teve maior ascendente no segundo tempo. Candeias e Monteiro (entrado ao intervalo) estiveram mais em jogo, visando a baliza de Ricardo, ao passo que o Leixões recuou mais no terreno.
Com efeito, o golo portista veio no tal desvio infeliz de Dias, cujo cabeceamento, numa bola dividida com o avançado portista Candeias, enganou o guarda-redes da equipa da casa. Até ao final, o FC Porto controlou o resultado, que leva para a última jornada a decisão do Campeonato Nacional de Juvenis (que será discutido com o Sporting), num jogo com arbitragem regular de João Almeida, apesar deste não ter escapado aos habituais apupos dos adeptos da casa.
O Comércio do Porto

Manhã intensa e incessante, num círculo de ideias e movimentos que confundiu a equipa azul-e-branca ao ponto de a reduzir a uma equipa banal. Este foi um daqueles jogos em que a formação rubro-branca nunca merecia ter perdido. Globalmente, os bebés de Rui Gomes foram superiores, abordaram o jogo com garra e atitude e obrigaram o FC Porto a sofrer durante longos períodos. Olhando somente à primeira parte, a superioridade dos locais foi gritante, num fluxo de sentido único que, paradoxalmente, redundou num zero no que diz respeito à matéria de golos. Houve ingenuidade de Cheta (40m) que esbanjou uma excelente ocasião para rematar à baliza de Ventura, mas também «vista-grossa» de Joaquim Almeida, que não assinalou mão na área de um defensor portista. O FC Porto, num raro lance de contra-ataque, só por uma vez obrigou Ricardo a mostrar serviço.
O segundo período iniciou com um Leixões determinado na busca do golo, tendo Ruben disparado violentamente para uma grande defesa de Ventura (48m). Na resposta, Candeias, na marcação de um livre, fez a bola passar rente ao poste direito de Ricardo. O jogo entrou numa toada de «tu-cá-tu-lá» com a sorte grande a sorrir aos azuis-e-brancos, que se colocaram em vantagem num auto-golo na sequência de um lance aparentemente inofensivo. Há Dias assim…
A partir daí, o Leixões decaiu muito em termos anímicos e o FC Porto, mais sereno e calculista, conservou a magra vantagem até final, tendo até desperdiçado boas ocasiões (mérito de Ricardo) para dilatar o marcador. Para o Leixões, o sonho do título acabou mas acreditem que estes rapazes ainda vão dar que falar. Fixem os seus nomes.
O árbitro, Joaquim Almeida, cometeu o seu maior pecado, ao não assinalar uma grande penalidade a punir o FC Porto. Matosinhos Hoje

sub-19 (juniores): FC Porto 1 - 1 Sporting

O FC Porto entrou muito bem no jogo, pressionando o Sporting e chegando rápidamente ao golo, por Márcio Sousa (de grande penalidade). Continuou a dominar ao longo de toda a primeira parte e poderia inclusivé chegado à vantagem. Porém, no segundo tempo tudo se alterou e seria o Sporting a dominar, chegando ao empate com justiça. Este resultado dificulta, e muito, a tarefa de conquistar o titulo nacional. Agora o FC Porto é terceiro, com os mesmos pontos do Sporting e a três do Benfica, que terá que bater na proxima jornada (quarta-feira) para poder continuar a sonhar.

GR Hugo Marques
LD João Dias
DC João Pedro, Fábio Ervões
LE Daniel
M Nuno Prata Coelho, Paulo Machado e Márcio Sousa (João Pinhal, 71')
AV Ivanildo, Bruno Gama (Diogo, 87') e Vieirinha (Hélder Barbosa, 74').
O empate entre FC Porto e Sporting era o resultado que o Benfica (venceu o Boavista) mais desejava, pois passou a somar mais três pontos que os dois principais adversários e, na quarta-feira, recebe os portistas e poderá dar um importante passo para revalidar o título.
O jogo começou de feição para os dragões, que ao segundo minuto, na marcação de um penálti, a castigar falta de Jorge Teixeira sobre Ivanildo, colocaram-se em vantagem. O domínio dos portistas foi avassalador na primeira parte, mas as oportunidades de golo rarearam, pois o jogo foi muito disputado a meio-campo. O Sporting foi dominado e apenas chegou à baliza em lances de bola parada, mas nunca conseguiu assustar o guarda-redes Hugo Marques.
A segunda parte levou uma reviravolta. Os lisboetas entraram com outra disposição e ganharam ascendente a meio-campo, "empurrando" literalmente os postistas para perto da sua área. Os azuis e brancos passaram a ter muitos problemas para travarem o ímpeto sportinguista e Bandeirinha, vendo a sua equipa a perder a luta no meio-campo, aos 71', com a entrada de João Pinhal, pretendeu dar mais frescura nessa zona do terreno. Porém, um minuto depois o Sporting empatou, através de Bruno Soares, que apareceu sem marcação e em posição frontal a "fuzilar" a baliza portista. O jogo animou e a equipa portista partiu na procura da vitória e, aos 88', Mário Felgueiras brilhou com uma portentosa defesa a evitar que a bola disparada por Paulo Machado beijasse as redes da sua baliza.
Arbitragem um pouco complicada, mas sem influência no resultado. O Jogo

sexta-feira, junho 17, 2005

FC Porto B: defesas laterais

Laterais-direitos

Pedro Silva (Pedro Miguel Gouveia Silva , 10-10-1984)
Chegou para compor o plantel, emprestado pelo Estrela da Amadora, de onde foi dispensado ainda na pré-época. Rápido e bom na marcação, conquistou a titularidade durante a Agribank Cup e não mais a largou, totalizando vite e seis jogos a titular (todos 90 minutos) e mais três a suplente. Também se destacou num dos jogos treino contra a equipa A e jogou pela equipa principal em Vinhais.

Vitor Alves (Vítor Manuel Fernandes Alves, 11-04-1985)
Promovido dos juniores, teve dificuldades para se afirmar, nunca conseguindo bater Pedro Silva na luta pela titularidade, apesar de ter tido algumas oportunidades. No final da época acabou por jogar mais à frente em alguns jogos, totalizando onze jogos a titular, oito a suplente e dois golos marcados. Raçudo e bom na marcação, jogou ainda pela selecção sub-20 no torneio internacional da Madeira, ele que já era internacional sub-18.

Laterais-esquerdos

Jorge Lopes (Jorge Mário Alves Lopes , 3-01-1985)
Titular dos juniores, foi promovido à equipa B. Porém, começou a época a suplente, entrando alguns minutos para posições do meio campo. Aos poucos, porém, foi ganhando o seu espaço e com a saída de Rubens Junior e o regresso de Diogo ao meio campo, tornou-se titular indiscutivel, jogando os ultimos 19 jogos, para um total de 26 a titular e mais dois a suplente. O seu bom pé esquerdo permitiu-lhe também somar cinco internacionalizações nos sub-20, incluindo uma presença no Torneio de Toulon, onde agradou aos fâs do Esperança Portista, sólido na defesa e atacante qb.

Na lateral esquerda jogaram ainda o ala Brasileiro Diogo, que parecia estar a adaptar-se bem à posição, mas que não se aguentou quando Fernandez veio à B procurar um defesa esquerdo. Acabou por ser o desterrado Rubens Junior, que tinha estado bem na Agribank e que passou no teste de Fernandez, a ser chamado mas problemas com a inscrição acabariam por impedir o regresso à equipa A. Depois deste episódio, Diogo regressou à sua posição original (ala/extremo esquerdo) e Rubens Junior rescindiu e regressou ao Brasil.

Andersson, Trabelsi e Furtado

  • Andersson, médio ofensivo do Grémio, segundo o seu treinador: "... actua como médio-ofensivo ou como segundo atacante. Devido a sua imaturidade táctica, natural para quem tem apenas 17 anos, acredito que nesta fase ele rende mais como segundo atacante, onde tem mais liberdade para criar." E Pinto da Costa desmentiu ao Comércio do Porto Márcio Mossoró da Paulista e Renato do Atlético Mineiro, mas não este jovem esquerdino, que entrtanto viajou para o Porto e é dado por toda a imprensa como muito perto de assinar. Parece manter-se a estratégia já seguida este ano de forte aposta em jovens jogadores, temperada por alguns jogadores experientes, mais em conta (Sandro, Alan, Jorginho). Arriscado, também porque continuam a manter-se desequilibrios, como a debilidade no lado direito da defesa.
  • Hatem Trabelsi (27 anos, 1.82m), defesa direito do Ajax e o melhor jogador da Tunisia, campeã Africana, seria segundo o 24 horas o novo alvo do FC Porto, perante a intransigência do AZ Alkmaar em relação a Kromkamp. Faz lembrar Miguel, alto, rápido e com a técnica de um extremo, posição em que iniciou a carreira. Só tem mais um ano de contrato e na ultima época esteve em sub rendimento, fustigado por várias lesões e em conflito com o Ajax, o que levou ao esfriar do interesse de tubarões como o Arsenal. Além disso, é bem conhecido de Adriaanse, que o levou para o Ajax. O preço deverá rondar os cinco milhões de euros. Por qualquer motivo que me escapa, os restantes jornais, sempre prontos a reproduzir qualquer rumor, não reproduziram este, sucedendo-se as noticias sobre Kromkamp.
  • Furtado, ponta de lança do FC Porto que jogou esta época no Tourizense, vai jogar nos Bulgaros do FC Vihren Sandanski, recem promovidos à prineira liga. Não é claro se mantém vinculo com o FC Porto.
  • Encontrei no google esta excelente entrevista: Paulo Assunção, o Deus Grego. O jogador efectuou 36 partidas (23 campeonato + 8 taça + 5 uefa) e tornou-se um idolo para os adeptos. Em principio participará no estágio de pré-época e tem as suas chances na luta pelos lugares que eram de Costinha e Maniche.
  • Um Benfiquista insatisfeito fala sobre a saída de Trap e a situação do Benfica. Seria bom para nós, não fosse o que ele diz directamente aplicável também ao nosso clube, bastando trocar uns nomes...
  • Update : Pinto da Costa falou e de uma assentada fez pousar muita da poeira que andava no ar. Hugo Viana é pura especulação, McCarthy só sai por 9 milhões de euros, por Kromkamp o AZ pede 15 milhões (ou seja, não há hipotese dele vir) e Andersson está nas mãos de Jorge Mendes.

quinta-feira, junho 16, 2005

João Pedro, um central à Porto


joao pedro
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É o central mais em evidência nas camadas jovens portistas, pois no seu primeiro ano de junior conseguiu a titularidade, manteve-se titular nos sub-18 e foi mesmo chamado para a selecção sub-19, que foi campeã europeia à dois anos. Iniciou-se no Trofense com apenas sete anos e foi evoluindo tranquilamente até que, aos 14, se transferiu para o FC Porto, jogando meio época no Padroense e no ano seguinte nos juvenis, onde foi campeão nacional. A chegada ao Porto coincidiu com as primeiras chamadas à selecção nacional, onde viria a assentar arraiais, contando hoje com 36 internacionalizações, incluindo a presença no segundo torneio de apuramento dos sub-19, apesar de ainda só ter 17 anos! O jogador que mais lhe serve de modelo é Ricardo Carvalho, em quem aprecia os cortes e a forma como sai a jogar de trás para a frente. Para um central, pode dizer-se que é goleador, marcando regularmente golos, e não só de cabeça. A timidez vem ao de cima quando se pede uma auto-avaliação dos pontos fortes. A custo diz que é bom na marcação e no passe longo e que gosta muito de avançar no terreno.
Apesar dos revéses nos dois primeiros jogos da fase final continua a confiar na conquista do titulo de juniores, atribuindo ao azar parte da responsabilidade nos desaires, que não teria ocorrido se algumas das bolas ao poste tivessem entrado!

João Pedro Azevedo Silva
29-12-1987
1.88 m
85 kg
defesa central (trinco)
36 internacionalizações (sub-16:4; sub-17:18; sub-18:9; sub-19:5)
destro

FC Porto B: defesas centrais

Pedro Ribeiro (Pedro Manuel Mendes Ribeiro, dn 21-01-1983)
Quinto central nos tempos de Mourinho, que fez dele campeão nacional e o sentou no banco na liga dos campeões, viu o ingresso de Pepe e o regresso de Bruno Alves negarem-lhe a entrada no estágio de pré-época do plantel principal. Seria portanto lógico o empréstimo, mas manteve-se na equipa B. Jogou 32 partidas, falhando três jogos por castigo (3 cartões vermelhos), dois devido a chamadas aos sub-21 e um por opção. Tendo já ultrapassado as 100 internacionalizações nas selecção jovens, assegurou a titularidade na boa campanha da selecção de esperanças, depois de ter sido suplente de Ricardo Costa no europeu de sub-21 de 2004. Uma boa época, mas que sabe a pouco, do sobrinho de Fernanda Ribeiro. O nome dele não parece estar na lista para o estágio de pré-época, devendo ser emprestado para rodar.

Sandro (Sandro Fernando Silva Cunha, dn 05-12-1982)
Titular no Fafe este central, que se destaca na marcação e no jogo aéreo, chamou a atenção dos técnicos portistas, que foram discretamente buscá-lo durante o defeso. A luta pela titularidade parecia tarefa herculea, pois além de Pedro Ribeiro, estava o possante Joel e o Brasileiro Thiago, estrela do Brasileirão de quem se esperava um rápido acesso ao plantel principal. Nas primeiras nove jornadas, um jogo a titular e outro a suplente pareciam confirmar o estatuto de reservista. Mas daí até final, conquistou a titularidade e apenas a cedeu, para rodarem outros, no jogo contra o Salgueiros. Pelo caminho, bateu Thiago, Joel e Vilas-Boas. É rijo este Fafense!

Thiago (Thiago Emiliano da silva, 22-09-1984)
Chegou com credenciais muito acima das habituais nas apostas da B. Era titular de uma das equipas sensação do Brasileirão (o Juventude) e dizia-se que poderia rápidamente surgir na equipa A. Esteve bem na Agribank Cup e manteve-se titular até Dezembro, altura em que o FC Porto deveria exercer (ou não) o direito de opção, mas aparentemente, não terá convencido a 100%, pois perdeu o lugar no centro da defesa e fez alguns jogos a trinco. Noticiou-se que o FC Porto não exerceria a opção, depois que o tinha contratado por 4 anos e por fim que o vendera para o Dinamo de Moscovo. Enfim, uma passagem atribulada, mas contribuiu para aumentar a concorrência e a qualidade da equipa B e deu, de certeza, lucro no momento de saída.

Joel (Joel Kiki Ngako Nyobu, dn 03-12-1985)
Um central à moda antiga, autêntico armário, que começou a época a titular. Porém, é demasiado lento, e acabaria por perder o estatuto de titular. Numa inconfidência, Domingos disse a jornalistas Tailandeses que tinha sido vendido pelo Toulouse por 1.7 milhões de euros. Depois da quinta jornada, apenas foi utilizado mais três vezes, e não jogou nehum jogo em toda a segunda volta. Uma desilusão...

quarta-feira, junho 15, 2005

Michael Pereira: Luso-Canadiano nos juvenis


michael_pereira
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A selecção Canadiana de sub-17 é capitaneada por um luso-descendente: Michael Pereira. Trata-se de um possante centro campista, com apenas 16 anos (d.n. 9/3/1989), e ao que parece era também cobiçado por Sporting e Newcastle, mas escolheu o FC Porto para se aventurar no futebol europeu. As condições oferecidas pelo FC Porto tiveram o seu peso: dois anos de contrato (mais dois de opção), despesas, 700 euros e inscrição num colégio.
Another Londoner heading to a soccer-crazy country shortly is Michael Pereira. The 16-year-old phenom, who plays with Canada's under-17 team, has signed a contract with 2004 Portuguese champion FC Porto's development team. He leaves for Portugal at the end of July for "a new life." Pereira was courted by some big-time soccer clubs, including Newcastle and Sporting, and chose Porto because he has relatives nearby. The player, who speaks Portuguese, also liked the package the team offered. That includes $700 a month as well as expenses, and enrolment in a private international school.

Porto has made a two-year commitment to the centre midfielder -- who also plays for the provincial squad and Martin Painter's London Dynamite -- with an opportunity to renew for two more years. "When they asked me to stay, I was just in shock," said Pereira, who scored two goals for Canada last month in a 5-0 victory over Haiti. "I'm starting a new life. I'm nervous . . . scared a little bit. "I'm leaving behind an amazing life," the Grade 10 CCH student said. "At the beginning, I thought a lot about that. But now I've made up my mind and I'm going over there with the intention of staying for good."

Pereira travelled to Portugal with his family in March. He said Porto officials were impressed with his physical makeup and condition. LFP

sub-18: Torneio Internacional de Lisboa

Portugal, com duas vitórias e uma derrota, ficou em segundo lugar neste torneio. Realizado no meio da fase final do nacional de juniores, e em apenas 4 dias, o torneio serviu essencialmente para "dar minutos" aos jogadores e testar novos esquemas tácticos. O portista Helder Barbosa foi eleito o melhor jogador. Jogaram ainda Igor Araújo, João Pedro, João Pinhal e Nuno Coelho. Também convocado, Bruno Gama foi poupado pelo seleccionador, não realizando nenhuma partida.

terça-feira, junho 14, 2005

FC Porto B: guarda-redes

Bruno Vale (Bruno Miguel Esteves do Vale, dn 08-04-1983)
O empréstimo ao Celta de Vigo estava decidido, por isso não foi inscrito na liga dos campeões. Mas problemas no clube Galego levaram a que ficasse mais um ano como terceiro guarda redes (4 presenças no banco) e titular na equipa B (29 jogos completos). Marcou presença na selecção Olimpica, onde foi suplente de Moreira, jogando apenas no jogo de preparação contra o Uruguai. Foi titular indiscutivel na selecção sub-21, onde rubricou boas exibições (por exemplo, contra a Russia). Uma época muito razoável mas que soube a pouco, pois na anterior estreou-se na equipa principal e na selecção A. Com Vitor Baía (pelo menos) mais dois anos no clube e o ingresso de Helton, deve esta época procurar um clube para rodar. O Estrela da Amadora parece levar vantagem, mas também já se falou do Leiria e do Anderlecht.

Rui Sacramento (Rui Miguel Ferreira Neto Sacramento, dn 31-01-1985)
Promovido dos juniores, este promissor guarda-redes começou a época como titular da equipa B e terceiro guarda-redes, tendo mesmo sido inscrito na liga dos campeões. A lesão de Baía permitiu-lhe o momento alto da época, ao sentar-se por duas vezes no banco em jogos da liga milionária. A permanência de Bruno Vale viria porém a remetê-lo para o banco da equipa secundária e em Dezembro foi emprestado ao Maritimo B, para tentar rodar e voltar a ser chamado à selecção. Por motivos que desconhecemos não foi bem sucedido e completa assim uma época para esquecer.

Vasco Viana (Vasco António Pereira Viana, dn 20-04-1985)
Na equipa B desde a época passada, sempre como suplente, veio do Felgueiras, onde se estreou com 18 anos. A permanência de Bruno Vale fez dele o terceiro guarda redes da equipa B, com apenas um jogo nas primeiras 30 jornadas. Na ponta final viria a fazer mais dois mas, ainda assim, uma época frustrante, mesmo para um jovem de vinte anos.

Para a próxima época, entram ainda nas contas os juniores Hugo Marques (internacional sub-19 e titular da equipa junior na fase final) e Igor Araujo (internacional sub-18, titular na Meridian Cup e que discutiu com Hugo Marques, um ano mais velho, a titularidade na baliza dos juniores). Em principio Bruno Vale deverá ser emprestado a uma equipa da Superliga. O terceiro guarda redes virá da equipa B, onde o principal candidato à titularidade será Paulo Ribeiro, mas onde também Hugo Marques e Rui Sacramento poderão ter uma palavra a dizer. Um dos três deverá sair, assim como Vasco Viana.

segunda-feira, junho 13, 2005

Toulon e outras frustrações

  • Até custou ver a final do Torneio de Toulon. A superioridade dos Franceses foi tremenda, e esmagaram os nossos rapazes, que no entanto lutaram até final. Sérgio Organista foi votado o segundo melhor jogador do torneio e reagiu ao erro que originou o terceiro golo franceses cerrando os dentes e lutando até final. Jorge Lopes e Tiago Borges foram suplentes.
  • Bruno Vale e Paulo Machadoquase certos no Estrela da Amadora. Ambos precisam, como dizia Daniel Gaspar, do melhor treinador: os jogos. Como tal, aceita-se perfeitamente este empréstimo a uma equipa de primeira liga na qual tem todas as chances de ser titulares. Mas Paulo Machado poderia ser aposta no clube, como o foram João Moutinho e Manuel Fernandes, companheiros nas selecções.
  • Sérgio Organista e Pedro Ribeiro pretendidos pelo Sporting da Covilhã, talvez como compensação pela vinda de Nuno Coelho. Um risco, pois a II liga tem pouca visiblidade mas nem sempre é fácil conseguir ser titular (que o digam Organista, Hugo Luz e outros).
  • Marcos António cumprirá o seu ultimo ano de contrato em novo empréstimo ao Gil Vicente. Não é jogador para o Porto, mas a facilidade em colocá-lo indica que também não deve custar dinheiro ao clube.
  • Fortes rumores de saída para Leandro. Já aqui defendi que ao segundo ano é que os Brasucas começam a valer a pena, mas a verdade é que, a defender, Leandro dava mesmo muitas baldas. É a prova de que o ingresso dele foi uma calinada (e que dizer dos 2 milhões de euros de que se falou na altura?). Em compensação, Areias, que aqueceu banco na ultima metade da época, fica para já. O rapaz tem boa atitude, mas será que Co viu o DVD do FC Porto - Chelsea. É que o Mourinho "deu" o flanco todo ao Areias, que não conseguiu fazer nada com ele... Talvez esteja a pensar na tal táctica com 3 defesas e um central-trinco. Nesse esquema talvez Areias pudesse fazer bem o lado esquerdo e as compensações ao centro.
  • Aqui e ali vai-se falando de Renato, Anderson, outro Diego, enfim... a maior parte não passa de especulação e é melhor esperar que pouse a poeira.
  • Adriaanse escolheu uma forma algo estranha de protestar contra a contratação de jogadores que não recomendou, enquanto as suas recomendações não avançam: "Meira? Não conheço. Lucho? Levo aqui um DVD ..."
  • José Guilherme, que está a fazer um bom trabalho nos juvenis, parece certo na equipa B. Uma noticia boa também para os actuais juvenis!
  • Aloisio, um simbolo do clube que está prestes a concluir a sua formação como treinador irá treinar os juniores. Parece-me bem, pois homens como este são uma verdadeira "reserva" humana do clube.
  • Não percam dois bons artigos no terceiro anel: balanço da época do FCP e Argentinos no FCP, incluindo os recem chegados Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez.

sub-17: FC Porto 0-0 Sporting

As duas melhores equipas do nacional de juvenis defrontaram-se no Olival e empataram sem golos. A pressão do titulo, que ficava entregue em caso de vitória de um dos conjuntos, acabou por prejudicar a qualidade da partida, que foi muito disputada a meio campo e com poucas oportunidades de golo. João Azul acabou por não ser posto à prova, pois não teve que defender nenhum remate, se bem que o Sporting pudesse ter marcado num tiro ao poste de Tiago Pinto (o filho de João Vieira Pinto). O FC Porto teve duas boas oportunidades na segunda parte. Na primeira, Castro avançou pela direita e cruzou para Rui Pedro. Candeias consegue interceptar o desvio e rematar, com a bola a raspar num defesa e a passar por cima de Rui Patricio, mas a ser tirada em cima da linha. Na segunda, Castro desvia um canto para Rui Pedro mas este, na pequena área, não consegue marcar. O Leixões por sua vez bateu o Benfica e ainda depende apenas de si próprio, "bastando-lhe" ganhar ao FC Porto (com quem perdeu 2-0 fora) e ao Sporting (com quem perdeu 6-0 em casa).

PS: Ao que parece, o critério de desempate é mesmo a diferença entre golos marcados e sofridos, pelo que o Sporting é o favorito à vitória final. Tem dois golos de vantagem e joga as duas proximas partidas em casa... Os 6-0 ao Leixões, que ficou a jogar com 10 a meio da primeira parte e se queixou muito da arbitragem, poderão vir a ser decisivos.

FC Porto
GR João Azul
LD Hugo Monteiro
DC Morais, Pereira
LE Hugo Silva
M Castro, Fábio, Miguel Ângelo (Terroso, 58) e Rui Pedro
AV Candeias (Eduardo Negrinho, 76) e André Monteiro (Monteiro, 63)
Treinador: José Guilherme.

Sporting
GR Rui Patricio;
D Vasco, Simão Coutinho , Daniel Carriço e Marco
M Adrien, Pereirinha (Filipe, 75), João Gonçalves e João Martins
AV Ricardo Nogueira (Alison, 41) e Tiago Pinto (Mané, 61)
Treinador: João Couto.

Relato do jogo por guardabel, do Pobo do Norte.
Relato do jogo no site do Sporting.

Com o nulo verificado, pode dizer-se que ninguém se magoou, pois as aspirações de FC Porto e Sporting à conquista do título continuam intactas, com os portistas a liderarem - com os mesmos pontos dos leões. Porém, o Leixões também se poderá intrometer nesta luta, pois está a dois pontos do duo da frente e, na próxima jornada, recebe os dragões.
De duas equipas que lutam pela conquista do campeonato esperava-se, porém, algo mais. O jogo foi muito disputado a meio-campo e ambos os guarda-redes limitaram-se praticamente a ver jogar. No último minuto da primeira parte, o Sporting teve a única oportunidade de golo desse período, com o remate de Tiago Pinto a bater estrondosamente na barra. A parte complementar em nada foi diferente da primeira. A equipa portista, mais aguerrida, encontrou sempre muitas dificuldades no meio-campo, zona do terreno onde imperam os melhores jogadores lisboetas, com destaque para Bruno Pereirinha, a quem se augura um grande futuro.
Na próxima jornada, caso o FC Porto vença em Matosinhos, dará um passo de gigante para a conquista do título. Caso aconteça outro resultado, o Sporting poderá entrar na recta final na dianteira. O Jogo