terça-feira, outubro 10, 2006

FC Porto » Formação





Aposta na formação- Novo projecto quer jogadores "à Porto", reorganizando o futebol do clube
O FC Porto vai reformular a estruturação do futebol, apostando numa separação clara entre a área técnica e a parte directiva.

Garantir uma formação de elite é o objectivo prioritário
Uniformizar métodos de trabalho e de funcionamento do futebol do clube são factores que estão na base de um novo projecto que o FC Porto está em vias de implementar, reorganizando, com ele, toda a estrutura que serve de suporte aos vários escalões.
A ideia central, que já está alinhavada no papel, passa pela aplicação de uma filosofia única desde as camadas jovens até à equipa principal, não só a nível de modelo desportivo mas também nos diversos detalhes respeitantes à organização.
Numa divisão vertical, serão criados dois blocos: um englobando os atletas e técnicos dos diversos escalões e outro os diversos departamentos de apoio, comuns a todos eles.
Aos adeptos portistas interessará a parte desportiva da questão, sobretudo a do objectivo ambicioso que aparece sublinhado a traço grosso neste projecto: assumir a formação como principal fonte de talento.

Jogadores da casa já renderam 70 milhões de euros
E, se dúvidas houvesse quanto à relevância desse ponto, uma espreitadela às parcelas encaixadas com a venda de jogadores formados no clube explicam melhor.
Recuando até Rui Barros, transferido então para a Juventus, o FC Porto garantiu 70 milhões de euros nos negócios gerados apenas em produtos da formação.
Estão todos no dossiê que suporta o novo projecto, com os 30 milhões de Ricardo Carvalho à cabeça. Mas há mais na lista: Hélder Postiga (nove milhões), Sérgio Conceição (8,5 milhões), Domingos (7,5 milhões), Vítor Baía (5,5 milhões), Rui Barros (5 milhões), Fernando Couto (2,5 milhões) e Secretário (2,5 milhões).
A este lucro efectivo há que somar a parcela do contributo desportivo que cada um deu aos diversos títulos conquistados pelo clube nos últimos anos.
Para viabilizar essa aposta, este projecto define os alicerces de dois núcleos indispensáveis: o desportivo e o pedagógico.
O primeiro estruturado nas diversas equipas técnicas responsáveis por cada escalão; o segundo englobando uma série de profissionais capazes de garantir um acompanhamento próximo de vertentes extra-desportivas, incontornáveis na faixa etária da formação. O objectivo passa por, lê-se no dossiê, "formar atletas à imagem do FC Porto".
Garantir um aproveitamento prático destas ideias obrigará a fomentar um relacionamento estreito com uma designada placa de testes, a chamada "equipa C". Esse papel está destinado, de momento, ao Tourizenze, clube que receberá atletas com idades inferiores aos 19 anos e que contará com a supervisão de um treinador da confiança dos portistas. Paralelamente, o FC Porto pretende reforçar parcerias idênticas às que alinhavou este ano com o Leiria e a Académica, garantindo nesses dois clubes a rodagem de alguns elementos que se perfilam como candidatos à entrada no plantel principal, casos de Hélder Barbosa, Paulo Machado, Bruno Vale ou Ivanildo.
Centro de treinos para a juventude
Para a operacionalização da estratégia projectada neste plano, entende-se como importante a construção de um novo centro de treinos, exclusivamente destinado às camadas de formação. Esse é, pelo menos, um dos pontos focados num plano pensado para um prazo de cinco anos. Os escalões mais jovens trabalham um modelo de jogo e de comportamento que os acompanhará, sem mudanças significativas, nas diversas etapas que antecedem a entrada no plantel principal.

Wil Coort estipula regras da baliza
Wil Coort, o único holandês que sobreviveu à intempestiva saída de Adriaanse, será responsavel pela coordenação de todo o trabalho desenvolvido com os guarda-redes. O adjunto de Jesualdo, que até costuma chamar os mais novos para os treinos com Helton e Vítor Baía, determinará normas de orientação do trabalho em todos os escalões, contando com a colaboração de Silvino Morais, Rui Teixeira e Daniel Correia.
Os outros jogadores de campo vão ser sujeitos a trabalhos especializados de valorização técnica.

A mística portista na parte técnica
Para além de Rui Barros e João Pinto, que auxiliam Jesualdo Ferreira, há outros ex-jogadores do FC Porto espalhados por diversos escalões. Frasco e Paulinho Santos são adjuntos nos sub-18 e sub-17, respectivamente. Lima Pereira, André e Bandeirinha fazem parte do grupo de olheiros, responsáveis pela prospecção de talentos.
in O JOGO

quinta-feira, outubro 05, 2006

Ajudem-me a entender

Fui-me interessando, desde á alguns anos, pelo futebol de formação, em especial pelo do FC PORTO, mas acompanhando, também o doutros clubes, das selecções nacionais e distritais do Porto.
Faço-o por gosto e não por dever de oficio.
Nestes anos, vi aparecer a internet, e vi-a passar a ser utilizada como grande meio de divulgação do futebol em geral, e da formação em particular.
Nos jornais desportivos, ou generalistas, raramente a formação tem lugar de destaque, ou até mesmo lugar, porque NÃO VENDE.
O mesmo se diga dos outros media, rádios e televisões, só quando aparecem os grandes êxitos é que são dadas breves noticias, a formação NÃO DÁ AUDIENCIAS.
Mas, e os CLUBES? porque não divulgam eles o que vão ajudando a crescer no dia a dia?
Porque investem tanto dinheiro, e não dão maior visibilidade ao trabalho que fazem?
Os "sites" oficiais, chamam a atenção para os treinos dos séniores ( matutinos e vespertinos), e ignoram os jogos da formação.
Exibem longas coleções de fotos das vedetas, nas mais variadas poses, e dos miúdos, quase nada.
Os resultados dos jogos da formação surgem tarde e a más horas, quando surgem, os planteis estão desactualizados, as convocatórias para as seleções são ás vezes destacadas, desde que não haja noticias "importantes" dos craques, do tipo "mialgia..., unha encravada..., foi fazer tranças..., ou abrir uma nova loja...".
Os clubes têm os "sites", têm o conhecimento priveligiado, têm o "Know how", têm todos os meios, se não fazem é por falta de VONTADE, ou DESINTERESSE.
Já a FPF, vem tendo uma prática diferente, dando destaque e noticiando as actividades das suas selecções com pormenor e no tempo certo- aos responsáveis os meus parabens.
Finalmente, entramos nós, os "blogers", gente que pelas mais variadas razões divulga o que os miúdos vão fazendo, e é tanto.
Há na "net" inúmeros "blogs" que dão á formação o lugar e o destaque que merece, não os nomeio para não cometer injustiças, mas todos sabemos quais são e onde estão.
Das "escolinhas" aos juniores, os jovens atletas dão o melhor pelos seus clubes.
Os clubes devem valorizar esse esforço, esses resultados, essa dedicação, dando publicamente conta do trabalho que eles desenvolvem, dando-lhes visibilidade, mostrando-lhes os rostos, apresentando-os como exemplo.O mesmo se diga de técnicos, dirigentes e demais "staff", que contribui para que o futebol de formação exista.
Os atletas formados nos clubes, são importantes activos financeiros, podem representar o encaixe de importantes quantias, permitir o saneamento das finanças dos clubes, porque não valoriza-los?
Fica a pergunta, a incredulidade, a admiração pelos "putos" e por quem trabalha com eles, e os mais sinceros votos para que lhes dêem o valor que merecem, que os apoiem e ajudem a evoluir.
Espero as vossas opiniões e contributos.
publicado em simultâneo no Porto em Formação

Guarda-redes dos juvenis no plantel de Jesualdo Ferreira







Rui Nunes, conhecido nos relvados por Ruca, guarda-redes de 16 anos, integrou esta manhã os trabalhos do plantel de Jesualdo Ferreira, O guardião da equipa juvenil, supriu as ausências de Helton, e de Paulo Ribeiro.Nascido a 7 de Janeiro de 1990, Ruca integra os quadros do FC Porto desde o primeiro ano do escalão de Iniciados (altura em que deixou o Tourizense), contando já quatro internacionalizações: duas pela selecção de Sub-16 e outras tantas pela equipa nacional de Sub-17.
adaptado do site oficial do FCP