segunda-feira, julho 25, 2005

Bruges 2-2 FC Porto (5-6 nas gp)

No primeiro jogo após as dispensas,o FC Porto fez uma exibição agradável, para jogo de pré-época, mas ainda longe do que terá que exibir para cumprir os objectivos. A surpresa foi a titularidade do pré-dispensado Raul Meireles, que mostrou o porquê de Adriaanse o manter no plantel. Outros destaques foram Ricardo Costa, Postiga (a 10!), Jorginho e, last but not least, Ivanildo, a mostrar que pode tornar-se o ansiado herdeiro de Drulovic.

GR Vítor Baía (46', Helton)
LD Sonkaya (72', Paulo Assunção)
DC Ricardo Costa, Pedro Emanuel
LE Leandro
M Lucho González (46', Ibson), Raul Meireles
MO Hélder Postiga (85', Pepe)
ED Jorginho (72', Ricardo Quaresma)
PL McCarthy (72', Hugo Almeida)
EE Lisandro López (46', Ivanildo)

Avaliações O Jogo

Vítor Baía: Foi pouco mais do que um espectador activo de uma primeira parte controlada sem grandes dificuldades. Preparava-se para sair em branco do jogo, o que é sempre bom para quem defende, mas o penálti marcado por Balaban estragou-lhe os planos.
Ricardo Costa: Viu um amarelo bem cedo, mas não se sentiu condicionado por ter sobre os ombros a responsabilidade de dobrar a atenção de forma a evitar que do bolso do árbitro saísse o segundo cartão. Continuou sem receios de qualquer espécie nos duelos físicos e evitou um golo que Verheyen tinha por certo. Teve fôlego para subir à área e acabou mesmo por marcar numa dessas incursões. Acabou apanhado na descoordenação que originou o segundo golo de Balaban.
Pedro Emanuel: Nomeado capitão, começou por limpar alguns deslizes no flanco esquerdo, cobrindo bem Leandro. A esse trabalho juntou uma vigilância com poucas desatenções aos homens de ataque, usando a boa forma física. O trabalho acentuou-se na segunda parte.
Leandro: Algumas dificuldades iniciais no posicionamento defensivo obrigaram-no a um esforço suplementar e determinaram acertos vindos do banco. Corrigida essa falha, estabilizou no trabalho defensivo e ganhou confiança para subir no apoio a Lisandro. A dez minutos do intervalo, arrancou pelo flanco e criou um desequilíbrio quase fatal para o Bruges. Esse bom sinal manteve-se numa segunda parte bem melhor.
Raul Meireles: Um excelente sentido posicional permitiu-lhe estar várias vezes no caminho da bola, anulando pela raiz jogadas que o Bruges tentava desenhar de forma apressada. Além disso, ainda sobressaiu no passe, rasgando uma avenida para McCarthy. Dado como dispensado, renasceu das cinzas.
McCarthy: Um remate forte e colocado, na marcação de um penálti, permitiu ao FC Porto arrancar na frente. A isso acrescentou detalhes de classe, traduzidos num controlo de bola irrepreensível. Descaiu para as alas sempre que foi necessário e apresentou alguns dos argumentos que fazem dele o avançado mais completo do plantel. Palavras de Adriaanse.
Ibson:Procurou ser rápido e eficaz na distribuição de jogo, mas nem sempre foi fácil controlar os acessos de fúria do Bruges. Ganhou e perdeu pontos na batalha a meio-campo. Uma batalha semelhante à que, percebe-se pelas opções de Adriaanse, vai ter também de travar a nível interno.
Ivanildo: Entrou cheio de dinamismo e velocidade, criando perigo pela esquerda. Tentou também a direita e nunca deixou de experimentar os dribles, apesar destes nem sempre lhe terem corrido bem. Continua a ser uma aposta firme.
Quaresma: Assistiu o golo de Ricardo Costa, numa insistência que se deve sublinhar, mas também obrigou Adriaanse a levar as mãos à cabeça quando perdeu uma bola numa zona perigosa por ter teimado na jogada individual
Hugo Almeida: Poucos minutos em campo, com vontade, ainda assim, de mostrar serviço dentro e, como sempre, fora da área. O holandês vê-o como um pronto-socorro útil.
Pepe: Andava por áreas mais avançadas, recuando na altura, quando Balaban marcou o segundo golo do Bruges. Isto quando o treinador experimentava defender a vantagem.