sexta-feira, setembro 09, 2005

FC Porto sub-17: João Magalhães, extremo-direito

Uma contratação que aparentemente passou despercebida foi a de João Magalhães, um rápido e talentoso extremo direito, possuidor de excelente técnica. Isto apesar de ser totalista na selecção nacional sub-16 de 04/05 e de já se ter estreado nos sub-17. Mas como veio do Vieirense...
Podem ficar a conhecê-lo melhor nesta entrevista ao Diário de Leiria, de Junho de 2005.

Nome completo: João Carlos Gaspar Magalhães
Data de nascimento: 26 de Junho de 1989
Currículo desportivo:
Vencedor distrital do torneio de escolas;
Campeão distrital de iniciados e juvenis;
Vencedor da Taça Distrito em iniciados e finalista vencido da Taça Distrito, em juniores, pelo Vieirense.


A maior alegria desportiva? A 1ª internacionalização.
A maior tristeza? A derrota frente ao Pombal (4-0) na final da Taça Distrito, em juniores, esta temporada.
Ídolo? Cristiano Ronaldo.
Prato preferido? Bacalhau à Braz.
Filme de que mais gostou? Asas Indomáveis.
País que mais gostava de conhecer? Estados Unidos da América.
O que pensa do nosso País? Está em baixo economicamente, vamos ver se José Sócrates faz alguma coisa para melhorar a situação.
Político que mais admira? Não me pronuncio.
Considera-se um jogador correcto? Sim. Na minha curta carreira de futebolista só por duas vezes fui admoestado com o cartão amarelo.
Relvado onde mais gostou de jogar? Em vários, mas em Portugal gostei muito de ter jogado na Academia do Sporting (Alcochete) em representação do Vieirense. No estrangeiro, gostei do estádio da minha primeira internacionalização.
O que lhe dizem os seus amigos da carreira? Dão-me força para continuar com o meu trabalho e alguns até me dão conselhos. Agora no FC Porto vai ser sempre o mesmo João Magalhães: Um jogador não se vê só dentro do campo. Vou ser sempre o mesmo e não me vou esquecer dos meus amigos de infância.
Gostou de ter representado o Vieirense? Fui muito feliz enquanto representei este clube. Fiz amizades que perdurarão pela vida fora.
Destaca alguém em especial? José Sousa, o técnico que sempre me acompanhou, assim como Tiago Vicente, já nos juniores. Agradeço todo o apoio que me deram. Mas quero manifestar um obrigado especial ao então presidente do Vieirense - Afonso Henriques.


O que o levou a optar pelo FC do Porto?
As condições que me deram foram melhores e além disso decidiram-se mais cedo.
Então teve outros clubes interessados no seu concurso?
Tive o Benfica, Sporting, Boavista, Braga, Académica de Coimbra e União de Leiria. Os dirigentes do Benfica falaram com o Vieirense mas não chegaram a falar comigo. Soube que me observaram mesmo antes de ir à selecção e depois mais tarde em conversa com os atletas benfiquistas eles diziam para eu não assinar por ninguém e que inclusivamente assinaria em Dezembro. O que afinal não veio a acontecer.

A hipótese da União de Leiria não o fascinou? Os contactos não foram conclusivos, mas se tivesse ficado em Leiria, julgo que seria uma boa opção.
Foi fácil chegar a acordo com o FC do Porto? Sim. Entre o Vieirense e o meu novo clube houve algumas dificuldades, mas tudo se resolveu a bem.
O FC Porto sempre foi o clube da sua simpatia? Para ser sincero tinha grande simpatia pelo Benfica. Mas agora estou de corpo e alma no FC Porto e vou dar sempre o meu melhor pelas suas cores.
O contrato é valido por quantos anos? Três. Um como juvenil e dois como júnior.
Quais são as suas ambições como futebolista? Continuar na selecção nacional e conseguir chegar ao plantel principal do FC do Porto para singrar como futebolista profissional.
Como foram os seus primeiros passo no futebol? Entrei para o Vieirense aos sete anos quase por brincadeira, juntamente com outros amigos daqui da Carreira. As coisas tornaram-se mais sérias quando comecei a fazer parte das selecções distritais de Leiria, especialmente no torneio Lopes da Silva, em sub/15, surgindo as primeiras propostas do Benfica e do Sporting.
Quais as razões de ter optado pelo Vieirense? É o clube daqui da região com melhores condições. Os meus colegas iam para lá e eu fui com eles.
Quando deu os primeiros passos como futebolista pensou em ser internacional? Nunca pensei. Como frisei atrás, o torneio Lopes da Silva, em Lisboa, foi o arranque pois dei nas vistas. Começaram depois os interesses dos clubes e abriram-se as portas da selecção nacional.
Qual foi o sentimento ao conseguir a primeira internacionalização? Senti um grande orgulho. Parecia que estava a viver um sonho. Isso aconteceu em França no Torneio Val-de-Marne, frente à Rússia, em sub/16 no dia 26 de Setembro de 2004. Mais radiante fiquei ao marcar o primeiro golo na vitória por 3-1.
O ambiente na selecção é bom? É muito bom. O grupo é muito unido e existe um grande apoio mútuo nos bons momentos e nos menos bons.
O facto de pertencer a um clube de menor nomeada não o afectou na selecção? Senti-me nervoso pois tinha uma responsabilidade acrescida por terem apostado em mim vindo de um clube como o Vieirense.
Quanto aos estudos deseja prossegui-los? É complicado conciliar as duas coisas. Mas espero ir também o mais longe possível nos estudos. Agora frequento o 9º ano na Escola EB 2 e 3 Rainha Santa Isabel (Carreira).