quarta-feira, setembro 07, 2005

Sub-21: Rússia 0-1 Portugal

Num jogo em que Portugal teve “mais sorte que juízo”, só existiram dois motivos de interesse: o golo de Manuel Fernandes, e os doze trabalhos de Hércules, digo Bruno Vale, para manter a baliza de Portugal imaculada! Em abono da verdade, não sei se o rapaz chegou a fazer doze grandes e providenciais defesas...mas, pelo menos, andou perto! Tudo o resto foi marasmo, sonolência, e muita falta de juízo. A começar no banco, onde Agostinho Oliveira teve uma tarde tão desastrada como a sua equipa (exceptuando o gigante entre postes), é que nem Varela entrava (acabou entrando…no último minuto), nem Ivanildo se sentava, pelo menos, no banco de suplentes…

GR: Bruno Vale
DD: Mário Sérgio
DE: Hugo Valdir
DC: José Castro, Pedro Ribeiro
Mdef: Manuel Fernandes
MC: Hugo Viana (Silvestre Varela), Danny (Nuno Morais)
ED: Ricardo Quaresma
EE: Diogo Valente (Filipe Oliveira)
PL: Hugo Almeida

Basta ler a nota introdutória para se perceber quem foi a figura do encontro. Bruno Vale teve defesas monumentais, embora não “fotográficas”! Surpreendeu-me, verdade seja dita.
Pedro Ribeiro teve uma tarde ao nível da equipa. Um ou dois bons cortes não escondem as tremendas falhas de marcação e a incapacidade de travar o ponta de lança russo.
Quaresma voltou ao seu “período pré-Adriaanse”. Nota-se esforço para assimilar o que o holandês lhe exige, mas ontem foram muitas fintas para tão pouco acerto.
Hugo Almeida fez-me lembrar S. João Batista. Este último passou 40 dias no deserto, já o primeiro 90 minutos mais descontos. Hugo Viana jogava bem só aos olhos do Agostinho Oliveira (muito fraco!!!); Danny divertia-se mais a conflituar com os russos; Quaresma jogando e seu jogo particular e Diogo Valente fazendo coisa nenhuma. E, assim, lá se aguentou Hugo Almeida, com dois centrais russos como companhia, nesse vasto deserto de ideias.